terça-feira, 9 de março de 2010

Primeiros dias na Madeira / First days in Madeira

Olá a todos,

Poderia dizer-vos várias coisas sobre as minhas primeiras semanas na Madeira, mas serei breve. Então, que irei escrever?
Claro que a palavra portuguesa que melhor descreve os meus primeiros dias é "chuva".
Pois, como tem sido noticiado, fortes chuvas assolaram a Madeira no passado dia 20 de Fevereiro. Esta data ficará na história desta maravilhosa ilha e dos seus habitantes, pelo que gostaria de expressar as minhas emoções sobre esta tragédia.
Naquela manhã de Sábado, precisava ir até ao centro, mas a chuva era tão forte que decidi ficar em casa. A chuva continuou caindo, durante todo o dia. Assim passei o meu primeiro fim-de-semana madeirense em casa, sem internet e TV. Somente no Domingo, apercebi-me do que realmente aconteceu, pelo que, por momentos tive uma mistura de sentimentos diferentes: tive muita sorte em estar vivo depois desta catástrofe mas, por outro lado, senti-me tão triste pelas pessoas que morreram e pelos grandes danos resultantes na ilha. Além disso, estava muito preocupado com a SPEA-Madeira e meu projecto pois, temia que tivesse chegado ao fim após apenas alguns dias, mas felizmente tudo correu pelo melhor.
Após um desastre natural como este, gostaria de escrever algumas palavras sobre o povo madeirense.
Nos dias seguintes, reparei no espírito positivo das pessoas locais, o seu empenho e determinação em continuar e reconstruir tudo de novo; é realmente contagioso. Muitos voluntários pelas ruas, tanta solidariedade pelo mundo inteiro e uma grande união entre as pessoas para reconstruir o belo centro do Funchal e o resto da ilha. É este o espírito que se pode sentir na Madeira.
Para mim, o que aconteceu no Funchal foi uma lição fundamental para a minha vida, porque vivi directamente este acontecimento e agora estou ciente da importância da união das pessoas de diferentes culturas. Para finalizar, acho que este tipo de envolvimento é muito importante para o crescimento de uma mentalidade europeia pois após isto sinto-me um cidadão da Madeira. Sim, sou Italiano, mas também Português, então o meu coração é Europeu.
Costantino Marullo



Hi everyone,
I might tell you a lot of things about my first weeks in Madeira, but I will be brief. So, what should I write?
Of course the Portuguese word that, better than other ones, can describe my first days is “chuva”. Indeed, in these very days the Madeira island has been on the spotlight because of the massive floods that hit the area on the 20th of February. This date will remain in the history of this wonderful island and its inhabitants, but here I would like to write on my emotions about this tragedy. I had to go the center that Saturday morning, but the rain was really heavy, so I decided to stay at home. Rain kept falling almost for the entire day.
Thus I passed my first Madeiran weekend at home, without internet and TV. Therefore, only on Sunday, I realized what really happened. In those moments I had a mixture of different feelings: I was very lucky to be alive after this disaster, but, on the other hand I felt so sad for the people who died and for the great damages over the island. Moreover, I was so much worried for the Spea-Madeira and my project. So, in my mind, I feared my project was coming to an end after only a few days, but luckily in Spea-Madeira everything is ok. After a natural disaster like this, I want to spend some words about Madeiran people.
I have noticed, in the following days, the positive spirit of the local people, their commitment and determination to go on and rebuild everything; I can really say that they are so contagious. A lot of volunteers in the streets, so much solidarity from all over the world, a great unity among people to achieve full recovery of the beautiful center of Funchal and the rest of the island. That’s the spirit that you can feel in Madeira. For me, all that’s happened in Funchal has been a fundamental lesson in my life, because I lived directly this event, and now I’m really aware of the importance of the unity among people from different cultures. Finally, I think that this kind of collective involvement is most important to the growth of a real European mentality, because after that, I feel really a Madeiran citizen. Yes, I’m Italian, but also Portuguese, so my heart is European.
Costantino Marullo

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