sábado, 29 de abril de 2017

É mais fácil vender um produto do que uma ideia

It's easier to sell a product than an idea

In order to sell a product to a set of people there’s a requirement to present the best arguments and beforehand, create the need in those people for the profit of the product. Sometimes it’s an unsuccessful task, but selling a product becomes easier by studying the target demographic and by using the Maslow pyramid for example. to make things more difficult selling an idea rather than a product requires an added effort to promote and engage the demographic.

The Maslow pyramid is an indicator of needs of the general population which is used in order to sell a product with success.

The Maslow pyramid is an indicator of needs of the general population which is used in order to sell a product with success.

Intelligence and boldness, accompanied with a well-defined strategy are required to reach the population. selling a social idea is facilitated due to the closeness of social matters among people in general and the feeling in generates in each individual self. But engaging an environmental idea is a bigger challenge as indicated in the Maslow pyramid.

The emotion felt by watching a child refuge differs from the one felt when seeing an indigenous tree getting chopped and thrown down. Or even the difference between listening about a case of domestic abuse and watching an Atlantic Cory’s shearwater crashing against a pole, blinded the light emerging from the city.

The proximity level of the people, whether being distance related or emotionally, has an influence on how people get involved. And so having in account a series of factors, cultural, biologic and emotional, we can be more aware of what’s closer to us. That’s why educating nature preservation is challenging the culture in the Portuguese society. In an archipelago surrounded by nature such as the sea, the forests, and an enormous biodiversity there is a tough job in order to reduce the emotional distance between the population and nature.

I was never too fond of being in the spotlight. Feeling observed and having people counting on my performance, creates pressure which leads to anxiety. I still feel anxiety when speaking for an audience but I managed to acquire skills I didn’t have before. Working in various contexts helped me overcome some difficulties. 

Since I started having a role in activism with a youth association that an audience of students no longer means an oral school presentation. Now, with 24 years, I stand in front of students educating values.

My internship at SPEA in communication wasn’t just a contribution for the development of new communication skills and marketing strategies, but also improving other aptitudes and acquire extra knowledge. Public speaking, get to know and understand eco-systems as well as understanding the biology of birds were some of the acquired skills.

Laura and I in a dynamic activity of environmental education about birds of prey for elementary school kids.

By now I’ve gotten used to public speaking from my sessions of activism in schools. These sessions for young people aged between 16 and 25, usually focused on awareness and debate about human rights – with the Amnesty International Portugal – or about sexual orientation, gender identity and expression – with the rede ex aequo, a lesbian, gay, bissexual, trans, intersex youth association. These are tough questions but easy to communicate and involve the audience.

With SPEA the challenge is bigger and communicating the message to children about nature preservation isn’t an easy task. It is necessary to implement in society the notion of inclusion towards nature, making it be a part of community and people a part of the ecosystem. This is the part that requires a call out to responsibility of every single person regarding the subject. Starting at a young age its essential for the creation of habits related to conservation of the nature because change starts with the little kids.

The infant-youth audience is easy to interact, but hard to communicate with. They are demanding so there’s a requirement to be more informal, more dynamic and have a more accessible communication. To me, the hardest part is adapting my language and knowledge. Without this adaptation the message gets lost and it might result in an environmental education session getting wasted. Not being a biologist is also a difficulty, but being nine months of internship gave me a foundation and enough understanding and comprehension to take part in environmental conferences. At SPEA we help each other that generates a great teamwork with great results. We learn with each other!

Birdwatching activity for elementary school children

Despite the struggles, environmental education is a gratifying challenge. We feel we can make a difference interacting with children and teens in order to change our little corner of the world. The reality in Funchal varies from the rural areas where exotic plants still grow strong, where invasive, exotic plants prosper causing harm to indigenous plants, where a walk to the forest ends up being a deposit for thrash, where wounded birds get taken home to be domesticated and end up dead. It’s a reality in rural areas.


One of foundations of SPEA in Madeira without a doubt is its environmental education. In every single project achieved the sensiblization on the subject means a great deal. Everything is an opportunity to educate the population. And it should continue that way for there is a lot to do still.  The path is long and I hope I contributed to shorten the path by making a good job.

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Para vender um produto a um conjunto de pessoas, é necessário apresentar os melhores argumentos e, antes de mais, criarmos a necessidade nas pessoas para a rentabilidade desse produto. Por vezes é uma tarefa em vão, mas vender um produto torna-se facilitado com o estudo do público-alvo e com a pirâmide de Maslow, por exemplo. No entanto, vender uma ideia em vez de um produto, promovê-la e fomentá-la é um desafio acrescido.

A pirâmide de Glasgow é um indicador das necessidades da população em geral.
Para vender um produto com sucesso, deve-se ter em conta a pirâmide

É necessário inteligência e perspicácia, bem como uma estratégia bem definida para sabermos chegar às pessoas. Vender uma ideia social é facilitada pela proximidade das questões sociais às pessoas em geral, e o que isso provoca em termos sentimentais e emocionais a cada indivíduo. Mas fomentar uma ideia ambiental é um desafio maior, como podemos ver pela pirâmide de Glasgow.

A emoção que uma pessoa tem ao ver uma criança refugiada a morrer no mar mediterrâneo é diferente da que tem ao ver uma árvore autóctone a ser cortada e jogada ao chão. Ou até mesmo a diferença entre ouvir falar sobre mais uma mulher vítima de violência doméstica, ou presenciar mesmo à sua frente uma cagarra a espatifar-se contra um poste, vítima da poluição luminosa de uma cidade.

O nível de proximidade às pessoas, seja espacial ou emocional, influencia a forma com que as pessoas se envolvem. É assim devido a uma série de factores, culturais, biológicos e emocionais, que nos deixam mais sensíveis áquilo que nos é próximo. E é por isso que educar para a conservação da natureza é desafiar a cultura da sociedade portuguesa. Num arquipélago tão rodeado de natureza, com mar, floresta e uma biodiversidade incalculáveis, há um árduo trabalho para aproximar a população à natureza num nível emocional.

Nunca gostei de plateias. Sentir-me observado e com pessoas a dependerem da minha boa prestação, deixa-me numa situação de pressão e ansiedade. No entanto, dado os vários contextos, escolares, sociais e laborais, tive que adquirir aptidões que antes não tinha. Mas apresentar-me ao público e discursar continua a ser um desafio.

Desde que me envolvi no ativismo e associativismo juvenil, que uma plateia de estudantes à minha frente deixou de significar a apresentação e defesa oral dos meus trabalhos escolares. Agora, com 24 anos, representa a educação daquela juventude e os seus valores.

Estagiar na SPEA na área de comunicação não só foi um contributo para o desenvolvimento de novas habilidades comunicacionais e de estratégia de marketing, mas também na melhoria de outras aptidões e na aquisição de novos conhecimentos. Falar em público, conhecer e entender os ecossistemas e entender a biologia de algumas aves foram alguns desses conhecimentos.

Eu e a Laura a realizar uma atividade dinâmica de educação ambiental sobre aves de rapina para crianças do 1.º ciclo

Já é hábito falar em público e realizar sessões em escolas. Sessões para jovens entre os 16 e os 25 anos de idade, geralmente focadas na sensibilização e debate sobre direitos humanos - com a Amnistia Internacional Portugal - ou  sobre orientação sexual, identidade e expressão de género  - através da rede ex aequo, associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo e apoiantes. São questões que apesar de fraturantes ou até tabu, são fáceis de comunicar e envolver o destinatário.

Com a SPEA, o desafio é maior e passar a mensagem a crianças sobre a conservação da natureza não é tarefa fácil. É necessário incutir na sociedade o sentimento de pertença em relação à natureza, e fazer com que seja reconhecida como parte da comunidade, e as pessoas como parte do ecossistema. É aqui que é necessário chamar as pessoas à sua responsabilidade. Fazê-lo para um público infantil é essencial para a mudança de paradigma em relação à conservação da natureza, porque a mudança começa nos mais pequeninos. É mesmo verdade, é de pequenino que se torce o pepino!

O público infanto-juvenil é fácil de interagir, mas difícil de comunicar. São exigentes e por isso é importante sermos dinâmicos, informais e com uma comunicação acessível. Para mim, a maior dificuldade é adaptar a minha linguagem e os meus conhecimentos aos deles. Sem esta adaptação, a mensagem não passa e é uma sessão de educação ambiental resumida em nada. O facto de não ser biólogo também não joga a meu favor, no entanto 9 meses de estágio da SPEA deu-me as bases e conhecimentos necessários para sessões de educação ambiental. Na SPEA, ajudamo-nos uns aos outros e isso resulta num trabalho colaborativo com bons resultados. Aprendemos uns com os outros!

Atividade de observação de aves para crianças do 1.º ciclo

Apesar das dificuldades, a educação ambiental é um desafio gratificante. Sentimos que fazemos a diferença ao interagir com crianças e jovens para mudar um pouco este cantinho do mundo. A realidade da cidade do Funchal é diferente da dos meios rurais, onde ainda se proliferam plantas exóticas com caráter invasor em detrimento de plantas indígenas, onde uma ida à floresta se traduz em lixo que acaba por abalar um ecossistema já de si frágil, onde ainda se levam aves feridas para casa para as domesticar... acabando estas por morrer.

Um dos pilares da SPEA na Madeira é sem dúvida alguma a educação ambiental. Em qualquer projeto realizado, as campanhas de sensibilização e de educação ambiental são uma grande aposta. Tudo é oportunidade para educar a população. Assim deverá continuar a ser, ainda há muito por fazer. O caminho é longo e espero ter feito a minha parte, ao encurtar um pouco esse caminho a percorrer. ☺

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