5 espécies endémicas da Madeira (II)
Seguem mais 5 plantas endémicas da Madeira que conseguí observar durante o percurso pedestre realizado com o Club Pés Livres Madeira desde o Pico Ruivo até a Ribeira Funda São Jorge passando por Pico Coelho, Pico Milhafre e Pico Canário.
Erva-arroz (Sedum farinosum):
Familia Cassulaceae
Considera-se uma planta alpina porque encontra-se em rochedos a partir dos 900 e até 1.800 metros de altitude, nos picos da região central de Madeira. Por tanto, forma parte da comunidade de vegetação rupícola de altitude. Pode crescer em sítios muito secos, sempre ensolarados, mas pode suportar temperaturas mínimas e até leves geadas no inverno.
O seu nome deve-se á aparência farinhosa das folhas, parece que tenham pó branco. Também pela forma de grão de arroz.
É uma erva perene de porte baixo, até 15 cm, rastejante formando tapetes. Os ramos são rasteiros, lenhosos e nús na base, dispersamente ramificada. As folhas glabras (sem pelos) dispersas a suberectas, estão aglomeradas nas extremidades dos ramos, alternadas em quatro a seis linhas espirais, de 3 a 7 mm, oblongas a obovadas, geralmente tornando-se tingidas de vermelho nos ramos. Flores grandes e brancas, geralmente com inflorescências de vermelho com ramos bifurcados, começam a aparecer no início do verão (junho). Tem uns 12 mm de diagonal, são sésseis (sem pedúnculo), e agrupadas em cimeiras de poucas flores. Tem 5 pétalas de 5 a 8 mm com anteres de cor púrpura escuro.
Atualmente Sedum farinosum encontra-se ameaçada e por tanto ao abrigo e proteção da Diretiva Habitats da União Europeia.
Ensaião (Aeonium glandulosum):
Familia Crassulaceae
Como a Erva-arroz, o Ensaião também forma parte da comunidade permanente de vegetação rupícola de altitude, porque ocorre em substratos verticais rochosos acima de 1.650 m.s.m. Prefere solos bem drenados, é tolerante á exposição solar e a sequia, sobretudo no verão.
É uma planta herbácea, glandular-pubescente, bienal ou perene, aromática com forte cheiro a balsamo. Caule muito curto oculta pelas folhas, ocasionalmente estolonífero. As folhas agrupam-se numa roseta muito imbricada de 30 a 45 cm de diâmetro, mais ou menos achatada tipo prato, mas tornando-se com forma de cúpula centralmente quando se aproxima a época de floração (Junho a Agosto). Folhas obovadas a romboidal-espatuladas, suculentas, de margens ciliadas, verde-brilhantes, por vezes tingidas de vermelho-acastanhado. Numerosas flores são dispostas numa inflorescência com ramos espalhados que emerge do centro da roseta. As pétalas são amarelas, por vezes externamente tingidas de vermelho, duns 7-10 mm.
Muitos Aeoniums são monocárpicos, isso quer dizer que vai morrer após a floração. No entanto, os rebentos ou bulbos da planta que não floresceram vão sobreviver. Novas plantas podem ser propagadas a partir de uma roseta.
A seiva é usada no tratamento de calos e também é aplicada externamente para feridas provocadas por quedas, golpes, pancadas.
Gerânio da Madeira (Geranium rubescens/ syn. G.yeoi):
Familia Geraniaceae
Apresenta folhas lobuladas muito marcadas, características do género Geranium, com caules compridos e as vezes vermelhos que saem de uma roseta central.
As flores são cor-de-rosa e florescem no fim de primavera e início de verão.
Existem mais duas espécies de gerânios muito parecidos com o Geranium rubescens também endémicos da ilha da Madeira; Geranium palmatum e Geranium madeirense.
Atualmente na ilha da Madeira o Geranium rubescens, dentro das categorias de ameaças, está catalogada como Vulnerável, ouseja que corre o risco de passar às outras categorias piores (sensível á alteração do seu hábitat ou em perigo de extinção), num futuro próximo se persistirem os factores de ameaça. Ainda assim, é relativamente facil de ver nos percursos das levadas onde ha exposiçao solar nao é muito intensa.
Curioso é que esta especie foi introduzida devido ao seu valor em jardinagem em áreas como EUA e Inglaterra.
Urze-das Vassouras (Erica platycodon ssp. maderincola):
Familia Ericaceae
É um arbusto que forma urzais de altitude de porte arbóreo com até 9 metros. perenifólio, muito ramoso, de caules até 20 cm de diâmetro e rebentos glabrescentes. Trata-se de uma subespécie endémica da ilha da Madeira, muito comum nas comunidades de substituição das florestas da Laurissilva. Embora gostem de alguma humidade, suportam bem as secas estivais, também não se incomoda com o frio porque aguentam estoicamente as baixas temperaturas e a neve das regiões montanhosas mais altas. Desempenha um papel fundamental na fixação de nevoeiros, provocando a sua condensação e posterior infiltração e armazenamento da água no lenço freático.
Folhas lineares de 1 cm mais ou menos e verticiladas. As flores são rosadas de corola largamente campanulada. As urzes florescem de forma abundante e generosa de abril a junho. E cada pequena flor está provida de um disco nectarífero, cujo néctar atrai vários tipos de insetos induzindo os processos de polinização.
Ao longo dos tempos e devido à sua madeira extremamente dura, teve diversas utilizações agrícolas mas também em embutidos. Tal como o seu nome sugere, Urze das Vassouras, é utilizada no fabrico de vassouras, em vedações e como lenha. Os troncos desta urze fornecem muito bom carvão, e os seus ramos são usados como combustível.
Outro beneficio obtido é em parte graças as abelhas que produzem mel com sabor predominante a urze.
A urze contém flavonoides com ação anti-inflamatória, calmante e antialérgica, com ação antioxidante e antissética, com especificidade para as vias urinárias. Além disso, contém taninos que tem uma ação adstringente e regeneradora dos tecidos, protetora da pele e cabelo.
Vários estudos publicados no Journal of Environmental Pathology, Toxicology and Oncology, em 2012, confirmaram o seu efeito fotoprotetor. Um gel obtido a partir da urze demonstrou um efeito protetor da pele contra os raios UVB.
O extrato aplicado na pele, 30 minutos antes da exposição solar, teve ação anticancerígena, antioxidante e anti-inflamatória, reduzindo o número de queimaduras solares comparativamente ao grupo placebo.
Cedro-da-Madeira (Juniperus Cedrus ssp.maderensis):
Familia Cupressaceae
Dados mais recentes dos Livros Vermelhos (Bañares et al 2008, Moreno 2008) e listas de verificação (Rivas-Martínez et al 2002, Borges et al 2008) reconheceram duas subespécies: Juniperus cedrus Webb & Berthel. ssp. cedrus restrita as Ilhas Canárias e Juniperus cedrus ssp. maderensis (Menezes) Rivas Mart., Capelo, J. C. Costa, Lousã, Fontinha, R. Jardim & M. Seq restrito na Madeira.
Apresenta-se como uma árvore dióica com folhagem persistente, que pode chegar aos 20 metros de altura. Apresenta um tronco acastanhado e ramos pendentes. As folhas são pequenas e em forma de agulha, com duas riscas brancas na página superior. Encontram-se dispostas em verticilos de 3. Os frutos são gálbulos mais ou menos globosos, com cerca de 1 centímetro de diâmetro, de cor acastanhada ou avermelhada quando maduros. Apresenta floração: Janeiro a Março.
Aquando da descoberta da ilha da Madeira era mais abundante do que hoje em dia dado que restam escassos indivíduos na natureza, mas atualmente está considerada em perigo por os critérios da IUCN. Ao longo dos tempos a madeira do cedro-da-Madeira, dado a sua excelente qualidade: cor amarelado-dourada ou avermelhada e qualidade aromática foi muito utilizada no passado em carpintaria e em marcenaria, tendo sido inclusivamente usada em alguns dos edifícios históricos do Funchal (Sé e Velha Alfândega). A sua raridade atual impede qualquer tipo de explotação.
A subpopulação da espécie na Madeira ocorre em paredes rochosas exposta acima da linha de árvores de floresta laurissilva acima de 1.400 m de altitude. Existem pequenas populações naturais com um número estimado de indivíduos adultos inferior a 50. Na Madeira não há estudos para determinar se existe ou não regeneração, no entanto, após a remoção de cabras nos últimos anos, as taxas de recuperação de vegetação são muito encorajadoras.
O padrão de distribuição atual e a presença exclusiva nos locais quase inacessíveis reflecte a perturbação humana no passado. Mesmo no século XV já havia preocupações sobre o corte excessivo desta espécie. Restrições à colheita dessa espécie foram ineficazes; de acordo com Silva e Menezes (1946) ainda havia alguns pequenos bosques de J. cedrus até o final do século XIX, mas a árvore tinha quase desaparecido nas primeiras décadas do século XX.
Como medidas de conservação é protegido dentro do Parque Natural da Madeira (Natura 2000), onde todas as cabras foram removidas acima de 1.400 m sob a autoridade da Direção Regional de Florestas. Isto teve um efeito positivo sobre a vegetação em geral, mas como J. Cedrus é uma árvore de crescimento lento, os benefícios não são susceptíveis de ser visto por vários anos.
Distribuição das espécies en altitude
A localização geográfica e as condições edafoclimáticas da Ilha da Madeira, permitem a existência de inúmeros ecossistemas, aos quais perfazem vários habitats, onde as diversas espécies da flora desenvolvem os seus ciclos de vida, existindo assim uma floresta pluriestratificada e rica em biodiversidade.
A floresta da Madeira compreende vários andares de vegetação, em diferentes altitudes, a norte e a sul, (como se indica no quadro abaixo colocado), com diversos microclimas.
Muitas plantas que crescem na comunidade de vegetação de altitude (1300 – 2000 m) encontram-se perfeitamente adaptadas a um rigoroso clima, dado que pontificam as grandes amplitudes térmicas e os ventos intensos. As mais características são Aeonium glandulosum e Sedum farinosum, mas também podemos encontrar o massaroco (Echium candicans). Nos pequenos terraços naturais abrigados dos ventos florescem a erva de coelho (Pericallis aurita), a roseira-brava (Rosa mandonii) e o piorno (Genista tenera). Também predominam os urzais de altitude de Erica arborea e Erica platycodon ssp. maderincola, que ocupa aproximadamente cotas acima de 1400 m.
A comunidade da Laurissilva, desempenha um papel muito importante na captação de água através da pluviosidade oculta graças aos nevoeiros e contribuírem para a fixação do solo, combatendo a erosão. Esta floresta tem uma formação com características higrófilas (vegetação adaptada a grande humidade) bem desenvolvidas. Tem uma distribuição que vai dos 300 aos 1300 metros de altitude. Ocupa áreas de humidade relativa mais elevada da Ilha (quase sempre acima dos 85%), o mesmo se pode dizer quanto à precipitação (mínimo de 1700 mm/ano) e com frequência de nevoeiros. Tem uma grande diversidade florística. Nas clareiras, florescem arbustos e pequenas plantas herbáceas de flores muito atraentes, tais como a orquídea-da-serra (Dactylorhiza foliosa), os gerânios (Geranium maderense, o Geranium palmatum e o Geranium rubescens) e a doiradinha ou ranúnculo (Ranunculus grandiofolius), entre outras.
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5 endemic species of Madeira (II)
Here are five more endemic plants of Madeira that were able to observe during the walking tour from Pico Ruivo to Ribeira Funda São Jorge passing through Pico Coelho, Pico Milhafre and Pico Canario.
Erva-arroz (Sedum farinosum):
Family Cassulaceae
It is considered an alpine plant because it grows in rocks since 900 to 1800 meters, in the peaks of the central region of Madeira. It can grow in very dry, always sunny sites, but can bear minimum temperatures and even light frosts in winter.
The name is because of its floury appearance of the leaves, it seems to have white powder. And also the shape of a rice grain.
It's an herbaceous perennial herb, reaching up to 15 cm, forming carpets. The branches are creeping, woody and bare at the base, sparsely branched. The leaves are glabrous (hairless), bonded at the ends of branches, in four to six alternate spiral lines of 3 to 7 mm, obovate to oblong, sometimes red at the extremities. White flowers, usually with red inflorescences with forked branches, begin to appear in early summer (June). The flowers size is 12 mm diagonal and they are sessile (without peduncle), and grouped in few flowers. It has 5 petals 5-8 mm with dark purple anthers.
Currently Sedum farinosum is threatened and therefore under the protection of the UE Habitats Directive.
Ensaião (Aeonium glandulosum):
Family Cassulaceae
As the Herva-arroz, ensaião also form part of the permanent community rupicolous altitude vegetation, because it occurs on rocky vertical substrates above 1000 m.s.m. It prefers well-drained soils, is tolerant to the sun exposure and drought, especially in summer.
It is an herbaceous plant, glandular-pubescent, biennial or perennial, aromatic with a strong smell of balsam. Stem very short hidden by the leaves, occasionally stoloniferous. The leaves are grouped in a very imbricated rosette 30-45 cm of diameter, more or less flattened type dish, but centrally domed when the flowering season is approaching (June to August). Leaves obovate to rhomboidal-spatulate, succulent, with ciliated margins, bright green, sometimes tinged with red-brown. Numerous flowers are arranged in inflorescences with spreading branches emerging from the center of the rosette. The petals are yellow, sometimes externally dyed red, duns 7-10 mm.
Many Aeoniums are monocarpic, that means it will die after flowering. However, bulbs or corms of plants which do not flower will survive. New plants can be propagated from a rosette.
The sap is used to treat corns and is also applied externally to wounds caused by falls and blows.
Geranium of Madeira (Geranium rubescens/ syn. G.yeoi):
Family Geraniaceae
Herbaceous plant with maximum height up to 45 cm. Although is biennial, it can autopolinate itself to perpetuate and have a much longer flowering period.
It shows very marked lobed leaves, characteristic of the genus Geranium, with long and sometimes red stems leaving from a central rosette. The flowers are pink and bloom in late spring and early summer.
There are two species more of geraniums, also endemic of Madeira and very similar at Geranium rubescens; Geranium palmatum and Geranium madeirense.
Currently in Madeira, Geranium rubescens, within the categories of threats, it is listed as Vulnerable, it means that is threatened to be moved to the other worst categories (sensitive to change in their habitat or endangered) in a near future if they persist the threat factors. Still, relatively easy to see across the route taken speacially where there the sun exposure is not very intense.
Interestingly, this species was introduced due to gardening value in areas such as USA and England.
Besom heather (Erica platycodon ssp. maderincola):
Family Ericaceae
It is a shrub that forms altitude moorlands of size tree with up to 9 meters. Is evergreen, very branched with stems up to 20 cm in diameter and glabrescent shoots. It is an endemic subspecies of Madeira, very common in the communities of replacing forests of laurel. Although it likes some humidity, it cans support the summer droughts, also does not mind the cold because stoically put up with the low temperatures and snow of the high mountainous regions. Plays a key role in setting fogs, causing their condensation and subsequent infiltration and water in the water storage tissue.
Has linear verticillate leaves of 1 cm more or less. The pink flowers has a widely campanulate corolla. The heathers bloom abundantly and generously from April to June. And each little flower is provided with a nectary, which attracts many types of insects inducing the pollination process.
Over time and due to its extremely hard wood, it has several agricultural uses but also in embedded. As its name suggests, Heather of Brooms, is used in the manufacture of brooms, for fencing and as firewood. The trunks of this heather provide very good coal, and its branches are used as fuel.
Another benefit is obtained thanks to the bees that produce honey with predominant flavor Heather.
Heather contains flavonoids with anti-inflammatory action, soothing and anti-allergic, antioxidant and antiseptic action, with specificity for the urinary tract. It also contains tannins that have an astringent action and regenerating tissue, protective skin and hair.
Several studies published in the Journal of Environmental Pathology, Toxicology and Oncology in 2012, confirmed their photoprotective effect. A gel obtained from Heather showed a protective effect of the skin against UVB rays.
The extract applied to the skin, 30 minutes before sun exposure, had anticancer action, antioxidant and anti-inflammatory, reducing the number of sunburn compared to placebo.
Cedar of Madeira (Juniperus Cedrus ssp.maderensis):
Family Cupressaceae
More recent data from Red Books (Bañares et al 2008, Brown 2008) and checklists (Rivas-Martínez et al 2002, Borges et al 2008) recognized two subspecies: Juniperus cedrus Webb & Berthel. ssp. cedrus restricted to the Canary Islands and Juniperus cedrus ssp. maderensis (Menezes) Rivas Mart., Capelo, J. C. Costa, Lousã, Fontinha, R. & M. Garden Seq restricted in Madeira.
It is presented as a dioecious tree with evergreen foliage, which can reach 20 meters high. It features a brown trunk and hanging branches. The leaves are small and needle-shaped, with two white stripes on the upper side. Are arranged in whorls of 3. The fruits are galbulus, about one centimeter in diameter, brownish or reddish colour when they are ripe. Presents flowering in January to March.
Upon Madeira island discovery, it was more abundant than today because few individuals left in the wild, but is currently considered endangered by the IUCN criteria. Over time the wood of cedar-of-Madeira, given its excellent quality: yellowish-golden or reddish color and aromatic quality was very used in the past in carpentry and joinery, and was even used in some of the historic buildings of Funchal (Cathedral and Old Custom). Its current rarity prevents any kind of exploitation.
The sub-population of the species in Madeira occurs on exposed rock walls above the line of laurel forest trees above 1,400 m altitude. There are small natural populations with an estimated number of adults less than 50. There are no studies to determine whether or not regeneration; however, after removal of goats in recent years, the vegetation recovery rates are very encouraging.
The current standard of distribution and exclusive presence in almost inaccessible places reflects human disturbance in the past. Even in the XV century there were concerns about the excessive cutting of this species. Restrictions on the harvest of this species were ineffective; according to Silva and Menezes (1946) there were still some small forests of J. cedrus until the late XIX century, but the tree had almost disappeared in the early decades of the XX century.
As conservation measures is protected within the Natural Park of Madeira (Natura 2000), where all the goats were removed above 1,400 m under the authority of the Regional Forestry Directorate. This had a positive effect on the vegetation in general, but as J. Cedrus is a slow-growing tree, the benefits are not likely to be seen for several years.
Distribuição das espécies en altitude
The geographical location and climate conditions of the island of Madeira, allow the existence of numerous ecosystems, which make up various habitats, where different plant species develop their life cycles, thus being a pluriestratificated forest and rich in biodiversity.
The forest of Madeira comprises several floors of vegetation at different altitudes, north and south, (as shown in the table below placed) with various microclimates.
Many plants that grow at high altitude vegetation community (1300 - 2000 m) are perfectly adapted to a harsh climate, because of the large temperature ranges and strong winds. The most characteristic are Aeonium glandulosum and Sedum farinosum, but we can also find the (Echium candicans). In small natural terraces sheltered from the winds Bloom rabbit grass (Aurita pericallis), the Wild rose (Rosa mandonii) and Piorno (Genista tenera). Also dominated by altitude heather of Erica arborea and Erica platycodon ssp. maderincola, which occupies approximately above 1400 m.
The community of Laurel, plays a very important role in the uptake of water through the hidden rainfall thanks to fog and contribute to the establishment of the soil, fighting erosion. This forest has a formation with hygrophilous characteristics (adapted vegetation to high humidity) well developed. It has a distribution ranging from 300 to 1300 meters of altitude. It occupies areas of higher relative humidity of the island (almost always above 85%), the same for precipitation (minimum 1700 mm / year) and fog frequency. It has a great floristic diversity. In clearings, blooms shrubs and small herbaceous plant with very attractive flowers such as Orchid-da-serra (Dactylorhiza foliosa), Geraniums (Geranium maderense, Geranium palmatum and Geranium rubescens ) and Doiradinha (Ranunculus grandiofolius) , among others.
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