terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Projeto ARENARIA

 'Monitorização da Distribuição e Abundância de Aves nas Praias e Costas de Portugal'

O Projeto Arenaria pretende estudar as tendências populacionais das aves costeiras invernantes, que acompanha desde 2011, e sensibilizar para a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Este projeto conta com a participação de voluntários em Portugal Continental, Madeira e Açores. Gostaria de fazer parte deste projeto de ciência-cidadã? Contate o responsável pela sua área. No caso da ilha da Madeira e Porto Santo, a SPEA Madeira está encarregue dos censos, que serão feitos nas seguintes praias:
  • Porto Santo
  • Machico
  • Porto da Cruz
  • Santa Cruz
  • Reis Magos
  • Frente-mar Funchal
  • Praia Formosa Funchal
  • Câmara de Lobos
  • Ribeira Brava
  • Lugar de Baixo
  • Madalena do Mar
  • São Vicente
  • Garajau

 

Para a época de 2021/22, o Projecto Arenaria tem como principais objectivos:

1. Assegurar a contagem de todas as quadrículas de monitorização que permitem uma análise mais fina das tendências populacionais das aves estudadas.

2. Sensibilizar o público em geral para a conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros e para a biodiversidade a eles associada.

3. Repetir o Censo Nacional do Pilrito-das-praias, realizado pela última vez na época de 2015/16.

 

Que aves podem ser contabilizadas?

a. Limícolas. Durante o censo deverá ser dada prioridade à contagem deste grupo. O esforço adicional para   contar outras espécies não deve, em circunstância alguma, comprometer este objectivo;

b. Corvos-marinhos Phalacrocorax carbo e P. aristotelis;

c. Garças (Ardeidae);

d. Gaivotas (Laridae);

e. Garajaus (Sternidae);

f. Outras aves marinhas, como pardelas (Puffinus sp.), alcatrazes (Morus bassanus), patos-marinhos (e.g.   Melanitta sp.), moleiros (Stercorarius spp.), alcídeos (e.g. Alca torda), etc.;

g. Guarda-rios Alcedo atthis;

h. Falcões-peregrinos Falco peregrinus.

Adicionalmente, deverão ainda ser contadas, para registo de perturbação o número de pessoas, cães sem trela e veículos (motorizados ou não).

De forma a detetar as aves que estejam a utilizar a faixa costeira, os observadores devem deslocar-se a pé e contar todos os indivíduos presentes, com auxílio de binóculos. A deteção das aves no mar deverá ser feita exclusivamente à vista desarmada, ou seja, sem recorrer a binóculos (que podem e devem, contudo, ser utilizados para auxiliar a identificação). Aconselha-se que o observador conte as aves à medida que passa por elas;

Sempre que for possível deverão ser efetuadas contagens exatas sem necessidade de recorrer a estimativas, com exceção dos bandos grandes de gaivotas, por exemplo. Relativamente a este grupo, deverão ser efetuadas contagens exatas para bandos até 50 inds.; para bandos maiores, poder-se-á arredondar até à dezena os bandos de 51-250 inds., arredondar à vintena os bandos de 251-500 inds., e arredondar à meia centena os bandos superiores a 500 indivíduos;

A deslocação dos observadores deverá evitar a perturbação das aves e não causar movimentos desnecessários das mesmas, minimizando desta forma a duplicação de registos.

As limícolas deverão ser registadas por biótopo (areia, rocha, zona húmida ou outro, que deverá ser especificado), tal como indicado nas fichas de campo. Nos casos em que um grupo de aves estiver claramente a ocupar dois biótopos, por exemplo um bando simultaneamente poisado numa plataforma rochosa e na areia, deverão ser discriminados os indivíduos que estão a utilizar a plataforma e a areia. Deverá ser dada especial atenção às contagens das zonas rochosas, uma vez que o comportamento e a plumagem da maior parte das espécies presentes, nomeadamente a rola-do-mar e o pilrito-escuro, as tornam menos conspícuas.

Quando fazer o trabalho de campo?

O período de contagens será de 1 de Dezembro de 2021 a 31 de Janeiro de 2022;

Deverá ser feita uma única contagem em qualquer altura, desde que efetuada dentro de um período de seis horas contado a partir das três horas antes até três horas depois da baixa-mar;

As contagens deverão ser efetuadas com condições de tempo e de mar favoráveis, quer por motivos de segurança, quer porque a detetabilidade de algumas espécies pode diminuir fortemente com condições adversas;

É de evitar fazer contagens com vento e ondulação muito fortes e chuva intensa.


Contribua para este censo de ciência-cidadã!

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