ROQUE-DE-CASTRO
Das 8 espécies de aves marinhas nidificantes no Arquipélago da Madeira, o Roque-de-castro é a mais pequena!
Esta espécie tem um comportamento marcadamente pelágico. A sua dieta é composta por crustáceos planctónicos, pequenos peixes e cefalópodes, podendo tirar partido dos restos deixados por outros predadores e das rejeições da pesca. Nidifica em pequenas cavidades ou em fendas nas rochas em ilhas e ilhéus sem predadores, ou em cavidades de escarpas inacessíveis, onde predadores terrestres introduzidos estão presentes (as gaivotas também são predadoras).
Roque-de-castro após encandeamento pela luz noturna artificial. |
Sabia que existem duas populações de roque-de-castro bem distintas? Estas populações apresentam caraterísticas morfológicas, períodos reprodutivos e vocalizações diferentes. A população de inverno é mais abundante e nidifica entre setembro e fevereiro, enquanto a população de verão nidifica de março a outubro.
Roque-de-castro recolhido durante a Campanha Salve uma Ave Marinha em 2021. Foto por: Tiago Dias |
De momento, os juvenis de roque-de-castro, da população de
inverno, começam a abandonar os ninhos. Esteja atento e, caso encontre uma ave,
recolha-a com cuidado e liberte-a num sítio junto ao mar e pouco iluminado.
Não administrar qualquer tipo de alimento ou água! Foto por: Tiago Dias |
Contacte-nos com o seu registo através do telefone 967232195 ou preencha o formulário em https://bit.ly/2x1AWSP.
❗️ Caso a ave esteja ferida,
contacte o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, RAM através do
961957545 (09:00-17:30) ou a GNR - Comando Territorial da Madeira (disponível
24 horas).
Roque-de-castro juvenil resgatado em fevereiro de 2022. Foto por: Elisa Teixeira |
IDENTIFICAÇÃO
De pequeno porte, o roque-de-castro é predominantemente escuro e apresenta uma faixa branca no uropígio. A sua cauda é ligeiramente bifurcada, permitindo a sua distinção relativamente ao painho-de-cauda-bifurcada.
Roque-de-castro. Foto por: Tânia Pipa |
O roque-de-castro distribui-se pelos oceanos Atlântico e Pacífico. Em Portugal, nidifica nos arquipélagos das Berlengas, dos Açores e da Madeira. A nidificação da população de verão foi confirmada apenas no arquipélago da Madeira, em praticamente todas as ilhas e ilhéus. A população de inverno é maior, conhecendo-se colónias no Farilhão Grande (Berlengas), nas ilhas e nos ilhéus da Madeira (incluindo o ilhéu do Farol, o Porto Santo, as Desertas e as Selvagens), e dos Açores (Santa Maria, Graciosa, São Jorge, São Miguel, Flores e Corvo), embora nas últimas três ilhas a confirmação da nidificação tenha sido baseada em escutas noturnas. A população de verão reproduz-se de março a outubro, ao passo que a de inverno nidifica entre setembro e fevereiro. Esta espécie ocorre nas nossas águas ao longo do ano, não tendo, contudo, sido registada nos Açores, no verão. Neste arquipélago, ocorre também o painho-de-monteiro, e a dificuldade na distinção entre as duas espécies, em voo, leva-nos a assumir que os mapas produzidos possam incluir registos de ambas.
Roque-de-castro. Foto por: Joana Andrade |
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