Eu acompanhei a técnica Ana Teresa Pereira, para auxiliá-la na realização no método de estimativa de ninhos de Alma-Negra em determinadas áreas, de forma a determinar as áreas preferências de nidificação, de acordo com a vegetação presente, a formação geológica, a sua exposição, entre outros fatores. Estas áreas foram determinadas através da realização de um traço que indicaria o raio de 5m de uma área circular de forma a mais tarde realizar uma prospeção de ninhos e possivelmente realizar a sua marcação caso já estejam ocupados.
Realizamos a partir do início da noite a contagem e marcação
dos ninhos, para além de confirmar se ninhos marcados em anos passados estavam
ocupados. Foram marcados em GPS nessa noite cerca de 50 ninhos de alma-negra,
sendo também igualmente recolhidos dados sobre ninhos de cagarra e verificado a
presença de casais reprodutores.
Sinto-me grato por esta experiência pois desde muito novo
tive vontade de conhecer as ilhas Desertas e descobrir mais sobre a vida
selvagem presente nesta, como as aves marinhas, o lobo marinho e toda a
biodiversidade presente nelas e foi realmente uma experiência única, além de
poder conhecer de perto as almas negras, aprendendo mais sobre os seus hábitos,
vocalizações e a sua área de presença.
Em algumas zonas era necessário equipamento de segurança, pois havia perigo constante de queda de rochas, no qual tínhamos os nossos capacetes.
Um destaque também para a equipa de Vigilantes de Natureza que nos acompanharam com na hospedagem na casa, bastante simpáticos e prestativos.
Sobre a alma-negra, trata-se uma ave marinha solitária pelágica, de pequeno porte (semelhante ao de um pombo). Possui uma dieta à base de peixes meso-pelágicos, cefalópodes e alguns crustáceos. São aves que vocalizam bastante pouco, onde somente é possível escutar dentro dos ninhos, uma vocalização grave pausada, parecido a um cão a latir. Atualmente as colónias de almas-negras estão restritas a ilhas e pequenos ilhéus livres de predadores exóticos, tais como ratazanas, gatos e mustelídeos.
On the 5th of May, SPEA Madeira went to Desertas with the aim of marking Bulwer´s petrel nests in Deserta Grande.
I accompanied the technician Ana Teresa Pereira, to help her in carrying out the estimation method of Bulwer´s petrel nests in certain areas, in order to determine the preferred nesting areas, according to the present vegetation, the geological formation, the exposure, among other factors. These areas were determined by drawing a line that would indicate a radius of 5 m from a circular area so that later on, a survey of nests could be carried out and possibly marking them if they were already occupied.
We carried out the counting and marking of nests from the beginning of the night, in addition to confirming whether nests marked in previous years were occupied. About 50 nests of Bulwer´s petrels were marked on GPS that night, data on shearwater nests was also collected and the presence of breeding pairs was checked.
In some areas safety equipment was required as there was constant danger of falling rocks, in which we had our helmets.
A highlight also for the team of Nature Guard´s who accompanied us with the accommodation in the house, very friendly and helpful.
I feel grateful for this experience because since I was very young I wanted to visit the Desertas Islands and find out more about the wild life present there, such as seabirds, sea lions and all the biodiversity present in them and it was really a unique experience, beyond of being able to get to know Bulwers petrel up close, learning more about their habits, vocalizations and their area of presence.
About the Bulwer´s petrel, it is a solitary, small-sized pelagic seabird (similar to a pigeon). It has a diet based on meso-pelagic fish, cephalopods and some crustaceans. They are birds that vocalize very little, where it is only possible to hear inside the nests, a low paused vocalization, similar to a dog barking. Currently colonies of Bulwer´s petrels are restricted to islands and small islets free of exotic predators such as voles, cats and mustelids.
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