quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

No começo o ano novo sempre temos na cabeça novas ideias e coisas, as quais anhelamos fazermos. Pensamos...este ano vai ser! pois, como não por exemplo...conhecer a nossa natureza, começar com uma vida muito mais saudável, e não estou a falar só de boa alimentaão e desporto...também cultivar a mente é muito importante para termos um corpo sano. Temos uma ideia para fazer tudo ao vez e sem quase perceber estaremos a recarregar energias...o que acham irmos ao montanha e descobrir a nossa floresta?? o irmos a praia e conhecer a nossas costas?? o não sei, irmos ao jardim e conhecermos a nossa vila?? Temos tanta maravilha aos nossos pés, não perdamos o nosso tempo e venha com a família SPEA a desfrutar da nossa natureza e imensa biodiversidade!



BIODIVERSIDADE DA MACARONESIA

Madeira e Canárias

A região da Macaronesia está formada por vários arquipélagos de origem vulcânico, os quais são Os Açores, A Madeira, As Canarias e Cabo Verde. Todos eles situados no Atlântico Norte nas proximidades dos continentes europeu e africano desde uns 100 até uns 600 Km de distância. Esta área geográfica é recente e ainda é ativa em alguns lugares da região (Hildner et al., 2011). As atividades sísmicas formaram espantosas paisagens e maciços montanhosos extremamente complexos e com imensa variedade de vegetação e fauna única no mundo. O lugar onde apareceram as ilhas ajuda ainda mais a criar pequenas áreas com climas diferentes influenciado por fatores climáticos típicos de esta região (água e temperatura).
Como outros arquipélagos volcânicos, presentam imensa variedade de ecossistemas desde ambientes desérticos os xerofíticos nas ilhas do sul, Cabo Verde e algumas das Canárias até florestas húmidas de Laurissilva na Madeira e nos Açores. A heterogeneidade na distribuição da vegetação nas diferentes ilhas da Macaronesia está mesmo influenciada pelas características de escala insular. Ainda assim, os arquipélagos têm diferencias entre eles por causa também da situação geográfica. Assim, o arquipélago dos Açores esta fortemente isolado com influência direta do oceano dando uma climatologia diferente da Madeira e das Canárias. 

A Madeira

O arquipélago da Madeira tem uma extensão de uns 800 Km2 e está formado por dois ilhas povoadas, que são a Madeira e Porto Santo além dos ilhéus que ainda formam parte do arquipélago como reservas naturais da região por a sua imensa biodiversidade: Ilhas Desertas e Ilhas Salvagens. A ilha da Madeira é a ilha principal com uma geografia muito abrupta e incrível para os nossos olhos, assim forma uma variedade de paisagens espetaculares e únicos no mundo. A irregularidade do releve da Madeira faz aparecer diferentes climas e com isso quantidades imensas de ecossistemas refugiando grande numero de plantas e animais no seu interior.
Pela situação da ilha da Madeira apresenta características mesmo subtropicais com temperaturas médias anuais acima dos 20 graus celsius. As precipitações anuais variam de 500 mm até os 2000 mm nas encostas nortes mais frias da ilha. O releve da ilha é mais o menos elevado sendo os picos mais elevados o Pico Ruivo (1862), o Pico das Torres (1853) e o Pico Areeiro (1818). Nas partes baixas da ilha não existem praias de areia como noutras ilhas de origem vulcânico, talvez devido a pouca plataforma continental, ainda assim apresenta o extremo este da ilha uma área muito diferente ao resto, com um clima e vegetação mais seco e único: a Ponta do São Lourenço.



A maior parte da ilha esta formada por uma floresta húmida típica das ilhas oceânicas, de origem vulcânico com presença constante de nevoeiro permitindo intensa chuva horizontal e criação desta floresta única chamada Laurissilva. Na origem, devia ocupar quase a ilha toda de norte ao sul, mas seria desflorestada com a chegada dos primeiros colonos. A Laurissilva é um tesouro de inestimável valor com uma distribuição aproximada de 15000 Ha na ilha formando parte do Parque Natural da Madeira, quase um 20% da extensão. O nome da Laurissilva resulta da conjunção de dois termos do Latim laurus e silva que significam, respectivamente, loureiro e floresta.
A origem da Laurissilva remonta aos períodos do Miocénico e Pliocénico da Época Terciária, há 20 milhões de anos ocupando uma área ainda maior do Mediterrâneo, no Sul da Europa e Norte de Africa. Quando começara o desaparecimento do antigo mar de Tétis e começou a formação do Mediterrâneo, o clima da Europa e Norte de África também começou mudar. Apareceram as glaciações no começo do Quaternário que iniciaram à regressão da floresta até à sua quase extinção na Europa, mantendo-se algumas relíquias desta vegetação noutros locais do continente. Em Africa, ocorreria o mesmo pelo avanço da aridez pela costa norte do continente. Devido à formação do Mediterrâneo as condições climáticas mudaram mas mantiveram-se mais o menos constante na área do Atlântico, esto é o que permitiu manter a floresta de Laurissilva mesmo prosperar na Macaronésia. 
            A Laurissilva esta composta por árvores da família das lauráceas e endémico da Macaronésia tendo a maior expressão nas terras altas da ilha da Madeira e que é Património da Humanidade pela UNESCO desde 1999. Além da variedade de especies de plantas presentes na Laurissilva, este tipo de floresta é única devido a enorme biodiversidade faunistica que alberga. O grupo dos vertebrados não muito abundante na ilha devido a sua pouca capacidade de dispersão e dificil chegada aos arquipélagos. Ainda assim, a Madeira alberga especies importantes de morcegos, lagartixas e aves terrestres e marinhas únicas no mundo. Assim, podemos destacar um elevado número de especies únicas de animais, entre as quais destacam as aves Pombo trocaz e o Bis-bis, entre outras.


Os dados mais recentes apontam 7541 espécies identificadas apenas no domínio terrestre, das quais 1419 são endémicas, grande parte artrópodes. A biodiversidade da Madeira é um grande contributo para o património natural mundial, por tal deve ser enaltecido como meio para uma maior participação da sua conservação. Outro grupo faunistico importante do arquipélago são os invertebrados: artrópodos e moluscos. Na ecologia insular os grupos com maior dispersão e maior tasa de evoluição são os artropodos em geral e os insetos mais particularmente. Estos grupos são muito dificies de estudar e ainda precisamos mais informação acerca, mas é já sabido que estas especies de animais são importantes nas ilhas e nos territorios vulcanicos.

As Canárias
As Ilhas Canárias  são um arquipélago espanhol no Oceano Atlântico, ao largo de Marrocos. As ilhas Canárias são o território mais próximo do arquipélago português da Madeira, com esta compartilhando a região daMacaronésia, junto ainda dos Açores e de Cabo Verde. As suas capitais são Santa Cruz de Tenerife e Las Palmas de Gran Canaria. O arquipélago das Canárias é constituído por sete ilhas principais, divididas em duas províncias, e várias pequenos ilhéus: Lanzarote, Fuerteventura, Gran Canaria, Tenerife, La Gomera, La Palma, El Hierro.  
A biodiversidade terrestre das Canárias é de extraordinario interes a nível nacional como internacional, sendo os mais afines da Macaronésia e um Hotspot importante para investigadores de todo o mundo.
O arquipélago canário como o resto da Macaronésia, é também uns dos territorios com maior biodiversidade do mundo, tendo uma especie endêmica por cada 2 kilómetros quadrados de superfície. Tudo arquipélago há mais de 17000 especies terrestres e marinhas que situam às ilhas dentro das 15 regiões bioclimáticas com mais biodiversidade da Terra. É assim que as Canárias são reconhecidas internacionalmente como um Hotspot de Biodiversidade Mundial.


As Ilhas Canárias pela sua situação geográfica e sua natureza vulcânica tem uma grande variedade de hábitats e climas, o que da origem a uma riqueza natural que ainda nossos tempos são conservados. A altitude das ilhas provoca uma especialização de hábitats ecológicos e diversificação de espécies, tanto de plantas como animais devido a ser ilhas favorecem os processos evolutivos independentes das espécies. O arquipélago canário alberga um enorme numero de espécies endêmicas e incluso gêneros só presentes aí.
A fauna terrestre presenta muito mais endemismos do que continente, com afinidades ao norte de África e ao Mediterrâneo. Embora, os anfíbios e a maioria dos mamíferos são introduzidos, há muitas espécies de vertebrados naturais. Entre estas espécies de animais destacam algumas espécies de morcegos e o grupo dos lagartos, sendo o gênero endêmico do arquipélago e muito diversificado nas ilhas.








terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Biodiversidade e conservação dos recursos naturais da macaronésia – Canarias

O acelerado processo de perdida de biodiversidade que estamos a viver a nível mundial como consequência principal da mão do homem ter dado lugar a importantes políticas e leis de conservação e proteção das espécies mais ameaçadas.  

As ilhas, por sua importância biológica e seus ecossistemas únicos no mundo têm de proteger seus habitas com mais vontade. A importância das ilhas é devido na singularidade da sua flora e fauna, ao reduzido número de espécies e seu valioso património natural. Os ecossistemas insulares presentam peculiaridades tales como o isolamento, elevado número de endemismos, ausência de depredadores o mansedume das espécies que fazem-lhas mais vulnerável nas diversas ameaças.
O Teide em Tenerife.
O 30% das plantas e animais terrestres que habitam Canarias são endémicos e sua situação geográfica, releve volcânico e condições de assolamento biológico ter favorecido o desenvolvimento de processos evolutivos que ter originado novas espécies animais e vegetais. Estima-se que nas Canarias há umas 19.500 espécies, 14.300 são terrestres,5.200 são marinhas e 4.000 endémicas, contudo, a lista fica aberta, já que cada ano descobrem-se novas espécies.






CONSERVAÇÃO

As medidas de conservação são adotadas tanto a nível autonómico, estatal e internacional e incluem instrumentos tales como normativas especificas, catálogos de espécies ameaçadas, planes de recuperação e conservação de espécies, habitats, etc.

- O Catálogo de Espécies Ameaçadas das Canarias estabelece os programas específicos adequados para salvaguardar y recuperar a estas espécies e atuação a seguir em cada caso. As categorias de ameaça são:

CATEGORÍAS DE AMEAÇA
ACTUAÇÃO
Em perigo de extinção
Plano de Recuperação
Sensível na alteração do habitat
Plano de Conservação do Habitat
Vulnerável
Plano de Conservação
De inteires especial
Plano de Manejo






O Lagarto Gigante de El Hierro.
- O Programa de Seguimento das Espécies Ameaçadas (SEGA) e uma ferramenta do Governo das Canarias para adquirir informação atualizada e fazer um seguimento das espécies ameaçadas. Assim pode-se conhecer sua evolução e tomar medidas quando fora preciso.

- INTERREG IIIB é um projeto de conservação de habitats financiado pela União Europeia que é uma aposta pela cooperação transnacional como elemento de desenvolvimento entre as regiões da Macaronésia: Canarias, Madeira, Cabo Verde e as Açores, e estas com os países de seu entorno. Áreas marinhas protegidas, as beiras e a sua gestão sustentável são os principais objetivos deste programa.

Bandera do Projeto LIFE.
- Os Projetos LIFE são cofinanciados pela União Europeia e desenvolvem projetos de conservação de flora e fauna em Canarias, assim como no resto da Macaronésia. Sua finalidade é contribuir ao desenvolvimento e a aplicação da política meio ambiental e contribuir ao desenvolvimento sustentável.

- Espácios naturais protegidos. A proteção dos valiosos ecossistemas canários ter feito que uma alto percentagem do chão canário fique protegido mediante várias categorias de proteção tanto no âmbito internacional: Rede Canaria de Reservas da Biosfera; europeu: Rede Natura 2000; nacional: Rede Canaria de Parques Nacionais e autonómico: Rede Canaria de Espácios Protegidos.

- As beiras e fundos marinhos das Canarias também têm um ecossistema único no mundo pelo que contam com proteção especial. São três reservas marinhas nacionais: na ilha de La Graciosa, A Restinga em El Hierro e na ilha de La Palma. Estas são zonas de reprodução, cria e desenvolvimento das comunidades marinhas.

Alem disso, são um ponto estratégico pela riqueza e diversidade de cetáceos presentes nas suas águas, pela sua ubiquação geográfica e a corrente fria do Atlântico favorecem a aproximação dos cetáceos ao arquipélago.
Podem ser observadas 30 das 31 espécies reconhecidas na Macaronésia y das 87 reconhecidas a nível mundial. Esto é o 34% das espécies conhecidas a nível mundial e o 60% das que habitam o Atlântico norte.
As Ilhas Canarias são designadas como Zona Marinha de Especial Sensibilidade pela Organização Marítima Internacional (IMO) pelo que da especial proteção no referente a problemas de contaminação marinha.

Um cetáceo perto da beira Canaria.

PRINCIPAIS PERIGOS

- As espécies exóticas invasoras são uma das principais ameaças para a conservação da diversidade biológica. La prevenção contra a introdução e liberação destas espécies torna-se muito difícil de evitar por parte da administração devido na impossibilidade da vigilância exaustiva. Agora mesmo o Governo de Canarias têm a decorrer várias ações de control de plagas, como da Culebra californiana em Gran Canaria, o Picudo Rojo, um inseto que mata as palmas ou o Ouriço diadema, que causa graves danos nos fundos rochosos.






Incendios do verão de 2007 visto desde
o satélite.
- Os Incêndios florestais, em sua maioria não são por causas naturais, mas é mão do ser humano a que os causa e podem destruir ecossistemas completos. No verão de 2007 Gran Canaria, Tenerife e La Gomera sofreram ao mesmo tempo grandes incêndios que ocasionaram a perdida de 19.000 hectares em total. Em 2012 um incendio arraso 750 hectares do Parque Nacional de Garajonay (um 25% de sua superfície) na Gomera, de grande importância pelos bosques da Laurissilva que a compõem.

- Sobre explotação dos recursos pesqueiros. Ter sido que ter criado leis e sistemas de regulação e vigilância assim como áreas marinhas protegidas para que sirvam de repovoamento para as zonas mais castigadas pela atividade pesqueira.

- A prática da caça como atividade de ócio pode servir para controlar algumas espécies invasoras mas também pode ser uma grave ameaça para os animais endémicos.

O parque nacional de Garajonay em La Gomera.
- A Sobre explotação das massas florestais ter sido corregida nos últimos anos mediante repovoações florestais e processos de restauração ecológica. Este é um ponto clave já que as florestas são o suporte vital para a diversidade de plantas e animais e para lutar contra a desertificação e a erosão. Os incêndios causados pelo homem, a tala descontrolada, a agricultura o a urbanização são seus principais inimigos.

- A Poluição e a principal causa do câmbio climático. As emissões descontroladas de Co2, a tratamento não adequado do lixo, os plásticos no mar… são algumas das formas que tem a poluição de uma grade lista. Não é preciso dizer que altera os ecossistemas e prejudica seriamente a continuidade da biodiversidade.

Para pôr um exemplo, nos últimos 400 anos o 90% das aves extintas foram em ilhas. Leis há muitas pero falta fazer um esforço no elemento mais importante de todos: fomentar a educação em valores ambientais para ter mais respeito para o meio ambiente, os seres vivos e seus habitats. Temos de conhecer o nosso entorno, a grande biodiversidade da que vivemos rodeados, assim como as causas e consequências de a sua degradação.

Há que Incentivar a participação social na toma de decisões, sobre o futuro que queremos. Esta em as nossas mãos seguir com um sistema produtivo que destrui o nosso único lar em todo o universo o girar 180 grados para um desenvolvimento sustentável.