Mostrar mensagens com a etiqueta Ilhas Desertas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ilhas Desertas. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 7 de março de 2017

O som do vento, Ilhas Desertas



I could describe my stay in the Deserted Islands as a unique, magical experience of connection with nature, leaving behind new technologies.


Although there are many species of seabirds in the Deserted Islands such as the "Cory's Shearwater" (Calonectris borealis), the " Bulwer's Petrel" (Bulweria bulwerii) or the "Band-rumped Storm-petrel" (Hydrobates castro), we came here for the purpose of looking for "Audubon's Shearwater" nests (Puffinus lherminieri), in two of the Desertas Islands, Ilhéu Chão and Deserta Grande, as part of the Life Recover Natura project. The Audubon's Shearwater is a pelagic seabird and only comes to land to breed. The colonies are located in cliffs of difficult access and the nest is arranged in a chamber at the bottom of a gallery or between cracks of the rocks. During the day it goes to feed on the ocean, returns to the nest after dark and sings to communicate with the rest of the individuals of his species. Therefore, the better way to locate it is by night-time listening monitoring.

The monitoring was done in strategic locations near potential nesting areas and protected from the wind to improve the quality of hearing. You have to be at the listening point before the Audubon's Shearwater return to the ground, usually an hour after dark, and listen to determine the level of activity. The darkest days are those that usually show more activity, since the bird feels safer when there is less light. For this reason the listening was made during the days of new moon. Once the listening is done and confirmed the activity of  Audubon's Shearwater we look for nests looking in galleries and cracks between the rocks covered with a little vegetation, in case there is access to the area and whenever it is safe.

We were able to find two nests occupied in Ilhéu Chão, the joy of being able to confirm the reproduction of this species on the island is enough reward for the effort and time dedicated. We will return the next month to continue the search and hopefully find more nests of these birds so unknown and to continue with their study.




During these days I have been able to stop pounding my ears with the noise of the street and enjoy the simple and wonderful sound of nature. In Ilhéu Chão the main instrument that can be heard is the wind, calm and relaxing. Mixed during the day with the joyful song of the canaries and the laughs of the gulls. At night the wind brings us the warning that the Cory's Shearwater and, hopefully, some Audubon's Shearwaters return home.



--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Resumiria a minha estadia nas Ilhas Desertas como uma experiência mágica e única, de conexão com a natureza, deixando para trás as novas tecnologias.


Embora existam muitas espécies de aves marinhas nas ilhas Desertas como a Cagarra (Calonectris borealis), a alma-negra (Bulweria bulwerii) ou o Roque-de-Castro (Hydrobates castro), fomos lá com o propósito de buscar ninhos do pintainho (Puffinus lhermini eri) em duas das Ilhas Desertas, Ilhéu Chão e Deserta Grande no âmbito do projeto LIFE Recover Natura. O Pintainho é uma ave marinha pelágica e só vem à terra na altura da reprodução. As colónias estão muitas vezes localizadas em encostas inacessíveis e o ninho é feito numa câmara, uma galeria ou entre fendas da rocha. Durante el dia, alimenta-se no oceano, retorna ao ninho após o anoitecer e canta para se comunicar com outros indivíduos de sua espécie. Portanto, a maneira mais clara para deteta-lo é realizando escutas a noite.

As escutas foram realizadas em locais estratégicos perto de potenciais áreas de nidificação, protegidos do vento para melhorar a qualidade de audição. Deslocavamos para o ponto de escuta antes do regresso dos pintainhos a terra, geralmente uma hora depois de o anoitecer, e continuar a escutar para determinar o nível de atividade. Os dias mais escuros são normalmente os que registam maior atividade, uma vez que a ave se sente mais segura quando há menos luz. Por esta razão, as escutas foram feitas durante os dias de lua nova. Após a escuta e confirmar a atividade de pintainhos, o seguinte passo é procurar ninhos olhando em galerias e fendas entre as rochas cobertas com alguma vegetação, sempre que tiver acesso à área e que seja seguro.

Fomos capazes de encontrar três ninhos ocupados no Ilhéu Chão, a alegria de ser capaz de confirmar a reprodução desta espécie na ilha é recompensa suficiente ao esforço e tempo dedicado. Vamos voltar no próximo mês para continuar a busca e espero encontrar mais ninhos destas aves e para continuar o seu estudo.




Durante estes dias, tenho sido capaz de parar de ouvir o barulho da rua e apreciar os sons simples e maravilhosos da natureza. No Ilhéu Chão o principal instrumento que você pode ouvir é o vento, calmo e relaxante. Misturado durante o dia com os cânticos alegres de canários e o barulhento riso das gaivotas. À noite, o vento nos faz perceber que as Cagarras e, com sorte alguns Pintainhos, regressam para casa.

sexta-feira, 11 de março de 2016

AVES MARINHAS: AMEAÇAS E CONSERVAÇÃO EM ILHAS - MADEIRA


As aves marinhas caracterizam-se por terem uma grade longevidade, são predadores de topo e necessitam de águas produtivas para garantir a sua subsistência e reprodução. Este grupo depende diretamente do estado dos ecossistemas marinhos e costeiros. Devido à crescente pressão do homem sobre os recursos marinhos, á pesca comercial, à poluição, à predação por espécies invasoras e ao esquecimento global, as aves marinhas são consideradas o grupo mais ameaçado de todas as aves a nível mundial.
Juvenil de Patagarro.
O Arquipélago da Madeira reveste-se de particular importância para as aves marinhas. Espécies como o garajau ou a gaivota distribuem-se por todas as ilhas do Arquipélago em colónias de pequena dimensão. Na ilha da Madeira nidifica a única colónia mundial de freira-da-madeira, espécie classificada como "Em Perigo" e já considerada extinta no passado, até ser redescoberta em finais da década de 1960. A maior colónia de patagarro de Portugal e da Macaronésia localiza-se também nesta ilha, estando estimada em algumas centenas de casais.

Na ilha do Porto Santo e ilhéus adjacentes existem pequenas populações de cagarra, roque-de-castro, alma-negra e pintainho.

Ilhéu de Bugio
Os Arquipélagos das Desertas e Selvagens, ilhas desabitadas, classificadas como Reservas Naturais pelos seus valores de fauna e flora, reúnem as maiores colónias de aves marinhas. Nas Desertas nidifica a endémica freira-do-bugio, que estudos moleculares e morfológicos recentes indicaram ser uma espécie distinta da que ocorre em Cabo Verde, aumentando assim, devido à reduzida população, o seu grau de ameaça. Ainda nidifica a maior população de alma-negra de todo o Atlântico, e importantes populações europeias de cagarra, pintainho e roque-de-castro.


AMEAÇAS HISTÓRICAS

Colonia de Cagarras perto da beira da ilha da Madeira.  
A chegada do homem ao arquipélago da Madeira levaram ao colapso das populações das aves marinhas desta ilha. A destruição do habitat, através de fogos de modo a conquistar áreas para permitir a habitação e a agricultura foram o início de um massacre sem precedentes da avifauna terrestre e marinha.
A conquista destes novos locais também trouxe consigo animais estranhos àqueles ambientes. Foram introduzidos intencionalmente herbívoros como cabras, coelhos, ovelhas e vacas; e outros animais domésticos como porcos, gatos, cães e furões. Alem, outras foram trazidos acidentalmente, como os ratos e as lagartixas. Esta nova comunidade de mamíferos introduzidos teve um impacto enorme nas populações de aves, consumindo ovos, juvenis e adultos, destruindo ninhos e causando a erosão dos solos onde as aves instalavam os ninhos, contribuindo para a extinção de várias aves marinhas.
A perseguição direta para consumo de carne e para obtenção de óleo e de penas terão também dado um grande contributo para o desaparecimento de colónias inteiras de aves marinhas. A caça concentrou-se sobretudo nas cagarras, as presas mais rentáveis existentes em ilhas e ilhéus mais afastados. Estas foram vítimas de capturas legais até ao último quartel do século XX, e ainda há caça ilegal desta espécie.

Porto Santo de noite.
Mais atualmente a poluição luminosa também é uma causa de mortalidade para as aves que nidificam em ilhas, sobretudo os juvenis, devido ao fato de as aves se desorientarem e virem colidir com estruturas ou poisar em zonas mais fortemente iluminadas.
Por último, a perturbação dos locais de reprodução como dunas, salinas os pequenos ilhéus pode ter elevados impactos levando ao abandono dos mesmos pelos indivíduos reprodutores.





As aves marinhas passam a maior parte da sua vida no mar pelo que é fundamental conhecer o impacto das principais ameaças para as aves. A captura acessória em artes de pesca, a interação com estruturas de produção de energia em meio marinho e o impacto do lixo, sobretudo plásticos, são algumas das áreas prioritárias nas que tem se de ser trabalhado para tentar minimizar seus impactos.






CONSERVAÇÃO DS COLÓNIAS DE AVES MARINHAS

As Áreas IBA são umas áreas sensíveis para a avifauna designadas pela BirdLife International, que a sua vez, foram uma importante referencia para designar as Zonas de Proteção Especial. O arquipélago da Madeira conta com dois IBA marinhas.

IBAs marinhos em Portugal.
Os critérios utilizados para a identificação de IBAs faz referência a valores para proteger e melhorar o estatuto de conservação das aves. Os tipos de IBA Marinha classificam-se:
 a) Extensões costeiras de colónias de reprodução
b) Áreas de concentração costeira fora do período reprodutor
 c) Áreas de concentração pelágicas
d) Corredores migratórios

Freira de Madeira.
É de destacar a criação de reservas naturais das Ilhas Salvagens (1971), das Ilhas Desertas (1990) e das Berlengas (1981) foram decisivos para a proteção das principais colonias de aves marinhas em Portugal, assim como a implementação de legislação.

O trabalho realizado por distintas instituições como Serviço do Parque Natural de Madeira o SPEA ter sido decisivo, desenvolvendo projetos e ações de conservação. São de destacar:
1.        Os trabalhos com a freira-da-madeira, evitando uma quase segura extinção desta ave marinha endémica, num período em que a população desta espécie estava estimada em pouco mais de 20 casais.
2.       A erradicação dos ratos domésticos e dos coelhos
3.       A erradicação de ratos, coelhos e cabras na ilha de Bugio e seu controlo na Deserta grande.
4.       Erradicação e o controle de mamíferos e de plantas introduzidas nos pequenos ilhéus do Porto Santo.
5.       Campanha Salve um ave marinha
6.       Censos de mar
7.       Monotorização das populações de aves marinhas  

Assegurar a conservação de aves marinhas de uma forma eficaz requer maiores esforços, como o cumprimento da legislação, a criação de regulamentação e normas. Ao longo das últimas décadas, têm sido criados vários acordos internacionais relevantes para a conservação da biodiversidade marinha. O desafio agora é aproveitar este compromisso e garantir que ações concretas de conservação sejam tomadas a nível local, regional e nacional, através de um conhecimento mais aprofundado da ecologia destas espécies, bem como da sua relação com as atividades humanas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Até já, Madeira!!

Chegou a hora para dizer adeus!


Começa a minha última semana na Madeira e com ela as primeiras despedidas. A sensação que tenho é uma esquisita mistura entre as lembranças mais difíceis e a vontade de partilhar as experiências vividas cá. O tempo passa como uma explosão de vento que não podemos perceber e deixa incontáveis vivências para trás.

Madeira é um “saco cheio de surpresas”, como nós dizemos na Espanha. Quando estás a pensar que já tinhas visto tudo, alguma coisa nova acontece e ficas sem palavras. As vezes alguém pergunta para mim o que penso, que é mais bonito, Madeira ou Canárias? E eu simplesmente não posso responder, é impossível comparar dois lugares distintos. Quando estás a conhecer outros mundos aprendes muitas coisas, e uma delas é essa…não existe um lugar melhor que outro, apenas são diferentes. Cada lugar onde paras é um lugar da tu história, da tua memória com as lembranças e sensações que só cada um pode perceber..


A copa da laurssilva a olhar o céu

Já levo tempo pensando uma única palavra para definir a Madeira e agora sei que é impossível encontra-la. Tão impossível como o seu ambiente, as suas montanhas e ribeiras, as suas águas, os seus arco-íris e o seu céu a sua floresta, o seu mar. Eu vou-me embora com esse mundo impossível tudo bem assegurado na minha memória e com a esperança de não esquecer cada imagem e cada lugar visitado. Mas como a mente por vezes pode ter “pequenos erros”, eu levo comigo fotos de cada viagem, experiências, sorrisos, medos, amigos e muitas coisas impossíveis na minha bagageira. 

Arco-iris em Caniçal

Laurissilva da Madeira



Cheguei ao arquipélago com o objetivo de trabalhar na conservação da natureza. Três meses depois, vou com esse objetivo cumprido mas com mais outros que nunca tinha pensado. Centenas de experiências…viver a bravura do oceano, olhar a liberdade das aves, desfrutar de cada voo, lembrar as crianças com os golfinhos e baleias a passear, sentir o céu imenso no horizonte e poder ouvir a chegada das cagarras, almas-negras e outras aves…apenas elas e o mar; percorrer as ribeiras cheias, as levadas que mostram a melhor floresta das lauráceas do mundo, o sentir das folhas no chão e o chamamento do bis-bis no ar… sentir a natureza, sempre viva!

Laurssilva da vertente norta da ilha


Cagarra poussada no mar

Vou embora, mas vou com as malas cheias e com pouco peso. Deixo uma porta aberta para voltar cedo. Ainda há lugares que não visitei mas agora são novos objetivos. Ali, no Atlântico ficam as Ilhas Desertas e as Selvagens até a próxima!

Ilhas Desertas

Ao fim, não posso dizer adeus sem me despedir da grande equipa SPEA que me permitiu encher as minhas mochilas com incríveis experiências. Uma equipa magnífica com o mesmo objetivo: a conservação da biodiversidade! Sô posso dizer “obrigada, muito obrigada” pela experiência e por deixa-me partilhar este tempo tudo e poder conhecer a avifauna e natureza madeirense.



Muito obrigada Madeira! E até já!!

Yolanda González

 See you soon, Madeira!!


It’s time to say goodbye!


This is my last week in Madeira, so I have to say goodbye! I have many different feelings about experiences lived here and desire to share and telling everything about this summer, SPEA and Madeira. Time is going so quickly, as and wind blast that we can’t able to understand leaving a lot of experiences behind. Madeira is like “a surprise box” as we say in Spain. When you think that you have already seen everything, something new appears leaving you speechless. One day, someone asked what I think, if which place is nicer, Madeira or Canary? But me, I can’t answer. It’s impossible to compare two different places. When you are discovering new worlds you are able to learn a lot of things, and one of them is that...there is not a better place than other , just they are different.  Each place where you live is a place for your story, from your memory leaving feelings that only you are able to understand.

Bird flying in São Tiago beach in Funchal


Lighthouse in Porto Santo

I have already thought about one word that could explain Madeira and now, I’m realize that it’s impossible to find it. So impossible as its environment, as mountains and rivers, water, rainbows, sky, forest, sea… I’m coming back with all impossible world in my mind with hope don’t forget every landscape and place visited. However, our mind can make in problems, I’m bringing with me a lot of pics from every travel, experience, smiles, fears, friends and many other impossible things in my baggage.

Arraial in Boaventura

I arrived to the archipelago with the aim to work in nature conservation. Three months later I’m coming back with that done and many others that I’ve never thought. Experiences like…to feel  a rough ocean, to watch to freedom of birds, to enjoy every fly, to remember childhood with dolphins and whales, to feel a huge sky in front of you and to ear the arriving of shearwater, petrels and other birds…just them and the sea; walking rivers plenty of water, levadas discovering the best laurel forest in the world, feeling leaves falling down in the ground and a bis-bis singing in the air…feeling nature, always alive!

Limicola bird in Funchal

 I’m coming back, but i’m going with my suitcases a full and light weigh. I’m leaving an open door to come back. There is still some places I couldn’t visit but now, they are new aims. There, in the Atlantic ocean Desertas Islands and Salvagem are waiting until next time! Finally, I can’t go without to say goodbye and thank to SPEA team that gave me to fill my pockets of unbelievable experiences. A great team  with a same objective: biodiversity conservation! I just can say, thak you, thanks a lot for this chance to live this time and sharing with me all knowledge about nature and birds of Madeira.

Funchal bay

Thanks a lot!! See you soon!! 

Yolanda González


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Já passou o ano!!

EVS Finalizado

Parecia que era muito tempo, mas o ano passou mesmo rápido e o meu voluntariado já acabou!! Foram muitas as experiências vividas e os conhecimentos adquiridos, é por isso que só me resta dizer a esta grande equipa da SPEA e a entidade Jovesolides, MUITO OBRIGADA/MUCHAS GRACIAS!!!


Mas afortunadamente vou continuar a colaborar com a SPEA durante 9 meses mais, de forma que a aprendizagem continua. Não é um "até sempre" se não..."até logo".





Soledad Álvarez 



EVS Finished 

Seemed like it was long, but the years went even faster and my volunteering is over!! There were many experiences and knowledge gained, that's why I can only say to this great team of SPEA and Jovesolides entity, THANK YOU!!! 


But luckily I will continue to collaborate with the SPEA during nine months more, so the learning continues. It is not an "goodbye", it is... "see you tomorrow".

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Obrigado pela experiência inesquecível!

Obrigado pela experiência inesquecível!

O meu tempo como voluntário na Madeira está chegando ao fim e gostaria de agradecer a minha equipa por esta experiência tão enriquecedora! Gostei muito de trabalhar com esta equipa tão dinâmica e sempre disponível para me ensinar! A oportunidade de visitar alguns lugares neste arquipélago foi fantástica e acho que a Madeira foi uma das ilhas mais bonitas que vi na minha vida! Estou contente de dizer que vou ficar por aqui durante o verão e que vou ter a possibilidade de ir as ilhas Selvagens como voluntário! Então pode ser que escrevmais vezes por aqui, mas gostava de dizer a todas as meninas: “Obrigado pela experiência inesquecível!” Foi uma aventura emocionante! Uma vez mais obrigado Isabel, Cátia, Sandra, Laura e Sole!!!  








































Thank you very much for the unforgettable experience!

My time as a volunteer in Madeira is coming to an end and I would like to thank my team for the enrichment of this experience! I really enjoyed working with such a dynamic and knowledgeable team, always eager to teach me! The opportunity to visit some stunning places of the archipelago has been amazing and I would say that Madeira is one of the most beautiful islands I have ever seen in my life!I am happy to say that I will be staying during summer, going to Selvagens islands to volunteer! Then it could be possible that I am going to write other few times but I wanted to say thank you to the girls: "Thank you very much for the unforgettable experience! It has been an exciting adventure! One more time thank you Isabel, Cátia, Sandra, Laura and Sole!!!  

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Nas ilhas Desertas

Nas ilhas Desertas

Há tres semanas tive a oportunidade de ir às ilhas Desertas com outros membros da equipa da SPEA para trabalhar no âmbito do projeto LIFE Recover Natura. Passámos cinco dias na natureza, no seu estado mais puro e descontaminado, numa experiência inesquecível. Connosco iam duas voluntárias e os vigilantes da natureza do Parque Natural da Madeira. Ficámos na casa construída pelo Parque, onde os vigilantes moram durante todo o ano, indo e voltando em estadias de quinze dias entre uma equipa e outra.

O arquipélago das Ilhas Desertas situa-se a 25 quilómetros da Ponta de São Lourenço, a parte mais a este da ilha da Madeira. É constituído por uma cadeia de três ilhas compridas e estreitas (Ilhéu Chão, Deserta Grande, Bugio), classificadas como reserva natural. Apresentam uma geologia muito diferente da Madeira e oferecem abrigo a uma das aves endémicas mais rara do mundo (a Freira do Bugio Pterodroma deserta) e a foca mais rara do planeta (a foca-monge Monachus monachus). Além disso, existem algumas plantas endémicas, cabras Caprus hircus e diferentes espécies das aves marinhas que nidificam aqui.

     
Durante os transectos da viagem, e de um outro que fizemos ao redor de uma parte da ilha maior, Deserta Grande, vimos cachalotes, uma tartaruga comum, golfinhos rocazes, patagarros e muitas jangadas de cagarras em repouso. Num dos dias ajudámos os vigilantes a levarem material até à outra ponta da ilha, na localidade do Vale da Castanheira, onde há uma pequena estação científica de apoio ao estudo de plantas invasoras, caracóis e de uma espécie endémica de tarântula, Lycosa ingens.


Durante a nossa permanência, e no nosso trabalho à noite, não encontrámos pintainhos, mas visitámos diferentes lugares potenciais e ouvimos uns chamamentos. Ficamos a espera que, na próxima vez, a equipa seja mas afortunada! Mesmo assim, foi incrível ouvir e ver as cagarras na época pré-nupcial e a chegada das almas negras.

  
At the Desertas islands

Three weeks ago I had the opportunity to go to the Desertas islands with other people from SPEA's team to work for the LIFE Recover Natura project. We spent five days in pristine nature, enjoyng this unforgettable experience. Two volunteers and the rangers came with us. We stayed at the house which has been constructed by the Madeira Natural Park, where rangers live during the whole year, making turns of fifteen days of stay between different teams. 



The archipelago of the Desertas Islands is 25 kilometers south to Ponta de São Lourenço, the eastern part of Madeira. Is formed by 3 long and narrow islands (Ilhéu Chão, Deserta Grande, Bugio) which are Natural Reserve. They present a completely different geology from Madeira and they are home of one of the most threatened species of seabirds (Desertas Petrel Pterodroma deserta) and the rarest seal of the world (monk seal Monachus monachus). Furthermore they host some endemic plants and goats (Caprus hircus), and they are the nesting ground of several seabirds' species. 



Durning our transect (going to and coming back from Desertas, and a trip around the North-West part of Deserta Grande) we spotted sperm whales, logger-head turtles, bottlenose dolphins, and several rafts of Cory's shearwaters, resting on the surface of the water. One day we helped the rangers to take some material to the opposite point of the island, at Vale da Castanheira, where is placed a small scientific station for the study of invasive plants, land snails and an endemic species of tarantula, Lycosa ingens. 


During our time there, working at night at the colonies, we didn't see neither handle any Barolo's shearwaters, but we found some potential nesting areas and we heared some calls. We hope that next time the team will be more lucky! Anyway, ít has been incredible to see Cory's shearwaters during prenuptial time and the arrival of Bulwer's petrels at nesting grounds.  




segunda-feira, 19 de julho de 2010

De volta às Ilhas Desertas / Coming back to Desertas Islands


Durante o último fim-de-semana, fomos numa viagem de barco. Pela primeira vez visitámos a Deserta Grande em terra, a única ilha habitada das Desertas. O barco chamava-se “Ventura do Mar”, e era maior que o Green Storm, mas a viagem não foi mais fácil porque o vento soprava com forte intensidade.
Quando chegámos fomos até ao topo desta ilha. Sentia o característico cheiro da canela, que bom! Vi muitos canários que comiam as plantas e à noite tive a oportunidade de ver muitas cagarras e almas-negras voando muito perto de nós. Vi também um ninho de alma-negra, com a fêmea sobre os ovos. À noite, dormimos no saco-cama. Dormir na ilhas Desertas com um concerto de de aves marinhas em torno, que giro!
Costantino Marullo
During last weekend, we went for another boat ride. For the first time I visited the land of Deserta Grande Island, the only one inhabitated between all of three Desert Islands. The boat was called “Ventura do Mar”, and was larger than the Green Storm. But the wind was blowing so intensely, so the trip was not so calm 'cause the waves.
Anyway, just arrived we went for a walking tour. There was a wonderful cinnamon smell, so good. And a lot of canaries feeding on the plants. In the night we saw a lot of Cory's Shearwaters and Bulwera's Petrels, flying so close to us. We saw also a Bulwera's Petrel nest, with a female laying the eggs. After that, we spent the night in the island, sleeping in a sleep bag. Around us it was a concert  of seabirds callings. Really cool!
Costantino Marullo

Viagem às Desertas / Travel to Desertas


Nos dias 3 e 4 Julho, eu e o Costantino estivemos na Deserta Grande com o barco Ventura do Mar e mais 14 que participaram nesta actividade da SPEA. A viagem foi uma oportunidade única para observar as aves marinhas, em particular as cagarras, freiras, garajaus e almas-negras.

Quando chegámos à Deserta Grande, fomos por um trilho até ao topo da ilha, guiados por dois vigilantes do Parque Natural da Madeira. Levámos cerca de três horas a percorrer este perigoso trilho. Após a descida, chegamos à praia situada nesta área natural para arrefecer e apreciar a paisagem.

Quando o sol começou a deixar-nos, era hora de apanhar energia e fazer o jantar. Enquanto alguns estavam a preparar a espetada, outros tiveram a oportunidade de conhecer a reserva natural um pouco melhor.

Após o jantar, ouvimos cagarras, almas-negras e roques-de-Castro. Nesta ilha nidificam muitas aves e muito fácil vê-las perto do seu ninho, inclusivamente com um pouco de sorte conseguimos chegar muito perto delas!
Isaac Mas



On 3 and July 4, Costantino and I were on the island in the Deserta Grande on the Ventura Sea boat with 14 people more that participated in this activity. The trip was an opportunity even to observe seabirds, in particular was possible to identify Cagarros, Freiras, Garajau and Almas negras.

We were walking around Deserta Grande, led to a warden of Ecological Park.
It was around three hours.

After the dangerous walk Carried, we arrived at the beach that offers this natural area to cool and enjoy the scenery. As the sun began to leave us, it was time to take energy and make dinner. While some were preparing the espetada, others had the opportunity to know the natural reserve a little better.

After dinner, we heard Cagarras, black souls and Roque Castro. They nest on this island and to live many birds and is very easy to watch them very closely and if you have a litle luck you can make a few strokes!
Isaac Mas