sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Salvar Uma Ave Marinha

“Vamos de patrulha”

Tudo começa no pôr-do-sol.
Quando o sol deixa a sua força para iluminar outros lugares para além do mar, é que a atividade da início. Dirigidos para aqueles lugares onde maior impacto luminoso existe, a ideia que temos é tentar encaminhar as cagarras que ficaram encandeadas pela poluição luminosa, para o seu destino inicial, o mar. Estas, como outras aves marinhas, são muito sensíveis à iluminação artificial, e nesta altura do ano em que os juvenis estão a sair do ninho para se dirigirem ao mar, ao seu passo pelas cidades, nas noites, até podem cair encandeadas pela sua iluminação. É neste ponto, onde a nossa intervenção ajuda-as a continuarem na sua viagem.
Chegamos ao primeiro ponto iluminado que tínhamos previsto visitar e após a observação da área nenhum indivíduo foi visto na zona, perfeito! A seguir, dirigimo-nos à seguinte área. Trás fazer um pequeno reconhecimento do lugar, observamos a presença de uma cagarra num jardim próximo a um potente foco de iluminação, presumivelmente o que fez cair a cagarra ao solo. Delicadamente apanhamos a cagarra e introduzimo-la numa caixa para o seu transporte. A cagarra estava aparentemente tranquila e não parecia ter danos físicos. O seguinte passo foi levá-la a um lugar perto do mar e pouco iluminado e esperar para ver o seu voo retomado. Não foi preciso esperar muito tempo, pois passados cinco minutos a cagarra começou a esticar as asas e não demorou em começar a voar em direção ao mar. O nosso esforço teve sucesso!...


É assim um exemplo, de como nesta altura podemos ajudar às cagarras a continuarem o seu voo. É a mínima coisa que podemos fazer para ajudá-las, pois de alguma forma estamos a incomodá-las com a poluição luminosa que geramos.

C.diomedea



Soledad Álvarez




"We patrol"

It all starts in the setting sun.
When the sun gets its power to illuminate other places beyond the sea, that is the beginning of the activity. Directed to those places where there is most light impact, the idea is that we try to forward the shearwaters that were dazzled by light pollution, for their original purpose, the sea. These, like other seabirds, are very sensitive to artificial light, and this time of year in which juveniles are leaving the nest to have recourse to the sea, at your own pace through the cities, in the evenings, so can drop by the lighting dazzled. It is at this point where our intervention helps them to continue on their journey.
We arrived at the first illuminated spot we had planned to visit and after the viewing area no individual was seen in the area, perfect! Next, we head to the next area. Back to a small recognition of the place, we observe the presence of a shearwater in a garden next to a powerful focus lighting, which presumably dropped the shearwater to the ground. Gently catch the shearwater and we introduce it into a box for transport. The shearwater was apparently quiet and seemed to have no physical damage. The next step was to take it to a place near the sea and poorly light and wait to see your flight resumed. It did not take long, because after five minutes shearwater began to stretch his wings and was not slow to start flying toward the sea. Our effort was successful! ...
It is thus an example of how this time can help the shearwaters to continue their flight. It is the least thing we can do to help them, because somehow we bother them with the light pollution we generate.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Como ajudar na conservação da natureza?

A procura do senso...

Tenho a certeza que a melhor forma de agirmos respeitosamente com o nosso ambiente, é termos um comportamento sensato. Por vezes, esquecemos no nosso dia-a-dia a sensatez, a qualidade que têm as pessoas que mostram bom juízo, prudência e madurez nos seus atos e decisões.
Reconheço que nesta altura da “evolução” humana, pode ser difícil agir com bom juízo, prudência e madurez, mas temos de procurar do nosso cantinho interior, um pedaço de responsabilidade e respeito para os outros e assim também para o nosso ambiente. Responsabilidade porque temos o dever de oferecer aos nossos descendentes um meio ou um ambiente digno para desfrutarem dele e para que sejam servidos com os recursos que o ambiente produze. E respeito por aquilo que os nossos antepassados conservaram veementemente para que no dia de amanhã sempre houvessem recursos. Por tanto, é simples…um bocadinho mais de sensatez.
Neste contexto, o ambiente é tudo. Não podemos determinar a salvaguarda de uma espécie sem ter em conta o seu entorno ambiental, económico e social, e a sua história. Precisamente porque tudo forma parte do ambiente, tudo está interrelacionado, e todas as nossas ações têm impacto (positivo ou negativo), seria importante que o nosso comportamento fosse sensato. Olhem que esta palavra é mesmo barata, já que nesta “evolução” humana fala-se muito nestes termos, o senso é barato em termos monetários simplesmente há que o aplicar às nossas vidas.
Não é sensato vermos uma pessoa deitada na rua com aspeto de abandono e não oferecer ajuda, mas infelizmente, quantas vezes as vemos e fazemos como que não as vemos? Como também não é sensato pretender um desenvolvimento social e ambiental, e não gerir corretamente os nossos recursos (mais um exemplo de ausência de senso).

Pôr-do-sol na Madeira



Hoje por tanto, alento a sentarmos num cantinho e reflexionar sobre a nossa (ausência de) sensatez.



Soledad Álvarez



The search for the sense ...

I'm sure the best way to act respectfully with our environment, behavior is a sensible terms. Sometimes we forget in our day-to-day sense, the quality that people who show good judgment, prudence and maturity in their actions and decisions.
I recognize that at this point in human "evolution" can be difficult to act with good judgment, prudence and maturity, but we must seek our inner corner, a piece of responsibility and respect for others and thus also for our environment. Responsibility because we have a duty to provide our children a decent environment to enjoy it and to be served with the resources that the environment produze. And respect for what our ancestors have preserved so strongly about tomorrow always had resources. Therefore, it is simple ... a little more sensibly.
In this context, the environment is everything. We can not determine the safety of a species without taking into account their environmental, economic and social environment, and its history. Precisely because all form part of the environment, everything is interrelated, and all our actions have (positive or negative) impact, it is important that our behavior was sensible. Look this word is even cheaper, since this human "evolution" is much talk in these terms, the sense is cheap in monetary terms there is simply that apply to our lives.
It is not wise seeing a person lying in the street with aspect of abandonment and not offer help, but unfortunately, many times we see and do not see them like that? Nor is it sensible to want a social and environmental development, and not properly manage our resources (another example of lack of sense).

Today therefore, encouragement to sit in a corner and reflect about our (lack of) sensibly.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

15 dias trabalhando para a SPEA

Hoje faz quinze dias que estou a trabalhar na SPEA-Madeira.

Até o momento, eu estive analisando os dados do estúdio do aeroporto que a gente da SPEA recolheram desde 2012 até este ano, nos aeroportos de Madeira e Porto Santo. Os strikes das aves com os aviões são um grave problema, e mais nestes aeroportos que ficam junto ao mar, onde num dia podem cruzar umas 200 aves .

I have spend 15 days at SPEA-Madeira yet.
I have making statistical analysis with the airport data, collected by the SPEA team, since 2012, at the Madeira and Porto Santo airports. The bird strikes with the aircrafts are big problem, too in these airports near the sea, where could fly 200 birds in a day.


Aeroporto do Porto Santo

Neste estúdio estatístico com os dados do aeroporto da Madeira em 2012, utilizei o programa estatístico Rcommander para fazer os modelos com as variáveis e comprovar quais delas têm efeito e quais não.

A primeira analise assinala que as variáveis meteorológicas (velocidade do vento, pressão atmosférica, ponto de orvalho...) não tem efeito sob o número de aves que se vêem na pista do aeroporto, mas as variáveis temporais (o número de horas de sol, o mês do ano, etc) sim têm. É o lógico, mais horas de luz, mais aves podem passar.

At this study, with only the Madeira 2012 data, I have used the Rcommander program to build the statistical models with different variables and to proof which are affecting to the birds number. 

The first analysis indicates that the meteorological variables (wind speed, atmospheric pressure, dew point ...) has no effect on the number of birds that are seen the runway, but the temporal variables (the number of hours of sunlight , the month of the year, etc) it has. It is logical, more light hours, more birds can pass.

Este pequeno estúdio leva muitas horas de colocar os dados em tábuas adequadas, fazer os agrupamentos e comprovar que tudo esteja bem.

Mas não tudo é trabalho de escritório. Tive uma saída de campo com o projecto LIFE Fura-bardos, e desfrutei muito da Laurissilva. De aqui a alguns dias, temos as patrulhas do projecto SAM (Salvar um Ave Marinha), e vamos patrulhar distintas cidades para procurar as aves que são atraídas pelas luzes, levando à colisão com edifícios, linhas elétricas e veículos, e depois libertá-las num sítio junto ao mar e pouco iluminado.

This small studio takes many hours to put the data into appropriate tables, make the clusters and check that all is well. 

But not everything is office work. I had a field trip to the project LIFE Fura-bardos, and enjoyed much of Laurissilva. In a few days, we have SAM patrols (Save a Marine Ave) project, and we will patrol different cities to look for birds that are attracted by the lights, leading to collision with buildings, power lines and vehicles, and then release them a place by the sea and dimly lit.

Laurissilva do norte da ilha


E isto é só o principio!

And this is just the beginning!


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

"A paisagem do outono"


"Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu"
                                         Fernando Pessoa, 1932.

                Envolvidos já no outono... Esta estação se calhar é a mais generosa para a obtenção de lindos registos do meu recurso preferido, a paisagem! As cores cálidas que proporcionam as folhas a cairem, o movimento que as próprias producem na sua viagem desde as árvores até o sólo levadas pelo vento fresco e húmido, o sussuro constante da natureza, e a sensação de  que o inverno está a chamar à porta, geram no meu ver uma calma temporária. 

         A floresta originária da Madeira, a Laurissilva, não experimenta este fenomeno por ser esta uma floresta perinifólia. Por tanto, não poderia expor como exemplo. Mas devido às espetaculares paisagens que acontecem nesta estação nas florestas caducifólias, não podia deixar de homenagear "A paisagem do outono".

 ©NTPL - Andrew Butler
Fonte: National Geographic

 ©NTPL - Andrew Butler
Fonte: National Geographic




Soledad Álvarez



Already involved in the autumn season ... This is perhaps the most generous for obtaining beautiful records of my favorite feature, the landscape! The warm colors that give the leaves fall, the movement's own producem in its journey from the trees to the soil cool and moist carried by wind, the constant whisper of nature, and the feeling that winter is calling the door generate in my view a temporary calm. 

The original forest of Madeira, Laurissilva, does not experience this phenomenon as this is a perinifólia forest. Therefore, could not explain as an example. But because of the spectacular landscape that happen this season in deciduous forests, could not fail to pay homage to "The landscape of autumn".

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Outra Nova Estagiária!



Olá, chamo-me Estefanía, vim desde Badajoz para ilha da Madeira com a minha amiga Marta. Há alguns meses atrás acabei a Licenciatura em Biologia na Universidade da Extremadura e agora estou na Madeira com uma bolsa de estudos através do programa Leonardo Da Vinci.

Desde pequena que gostava muito de estar em contacto com a natureza e os animais. Ultimamente fiz cursos e trabalhos de anilhagem com o grupo local SEO-Badajoz na Azud do Guadiana (área Z.E.P.A) sobre tudo com passeriformes, mas nada com aves marinhas.
Por esta razão, parecia-me uma boa oportunidade colaborar com a SPEA aqui na Madeira, em todos os projetos life que realiza.

Tinha chegado apenas a alguns dias e já pude participar nos censos de mar. Eu gostei muito de ir no veleiro ao Porto Santo, foi interessante passar dois dias no mar. Durante esses dois dias, vimos Cagarras (Calonectris diomedea) ,  Garajau (Sterna hirundo), gaivotas (Larus sp) e  muitos golfinhos.

Espero desfrutar desta aventura, aprender e conhecer os lugares incríveis desta ilha.





Hi, I´m Estefanía , I arrived  from Badajoz with my friend Marta. Few months ago I finished my BSc in Biology  by Univerisity of Extremadura and now I ´m in Madeira with a Leonardo Da Vinci Grant.
Since I was a child, I like to be in contact with Nature and animals. Recently I have taken courses and  I have be evolved in birdbanding with SEO-Badajoz in the Z.E.P.A zone at the Guadiana river in my city,  especially with Passerines, but not with seabirds
I have think is a great oportunity work with all the projects that SPEA develope here in Madeira.
I arrived only a few days ago and I could participate in boat census. I enjoyed very much. I have lived in the boat for two days travelling around Porto Santo. I have seen  common tern(Sterna hirundo) Cory's shearwater (Calonectris diomedea), gulls (Larus sp), and dolphins.
I hope  to enjoy this adventure and learn and know the amazing places the Madeira.



Censo de mar/ boat census






segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Nova estagiaria!!

Olá, o meu nome é Marta e sou de Badajoz, Extremadura (España). Sou bióloga e tenho mestrado em Conservação da Biodiversidade. Desde a minha infância que gosto das aves e por isso sempre tentei trabalhar para a sua conservação, e pensei na SPEA como uma boa oportunidade. Esta estadia de 6 meses na Madeira vou fazê-la através de uma bolsa Leonardo da Vinci. Vim com a minha amiga Estefanía, que tem a mesma bolsa de estudos e vamos participar em vários projectos LIFE da SPEA, tanto ao nível da conservação marinha como da Laurissilva e aves de rapina. Estou desejando de começar!


Hello! I’m Marta and I’m from Badajoz, Extremadura (Spain). I’m biologist and MSc. in Conservation of Biodiversity. I enjoy birds since I was a child, and I always tried to work in their conservation; in the SPEA-Madeira I have the opportunity thanks to a Leonardo da Vinci grant. I will be in Madeira for 6 months, with a good friend, Estefanía, who has the same grant, working in a great amount of LIFE projects, spending our time in marine and Laurisilva conservation. I really want to start!!

 Em Espanha tenho trabalhado em projetos de conservação de Pega-azul ibérica com a Universidade de Extremadura, colaborei num projeto de alimentação de corujas no Parque Nacional de Doñana, participei em projetos para as aves migratórias na zona húmida de Atapuerca e tenho desenvolvido estudos sobre a situação de conservação de uma área florestal da região sul da Salamanca.


 In Spain I have worked with Iberian blue-winged magpie conservation projects at Universidad de Extremadura, in owl alimentation project in Doñana National Park; I have taken part in the study of migratory birds at Atapuerca's lagoon, and I have conducted a study about conservation status of a forestry area on the South of Salamanca.

 Também, no ano passado tive a sorte de conseguir uma bolsa de cooperação para o desenvolvimento no Paraguai, onde trabalhei desenvolvendo um projeto de formação de alunos em investigação e anilhagem de aves no Parque de San Rafael, uma das últimas áreas onde a Mata Atlântica se mantém, além de ser uma professora da Universidade Nacional de Asunción.


 Also, the last year I got a development cooperation grant in Paraguay, where I have worked in a formation project, teaching some students about basic investigation and bird banding, in San Rafael National Park, one of the last remains of Atlantic Forest. In addition, I was teaching in the Universidad Nacional de Asunción.



 Espero continuar a aprender no meu tempo na SPEA-Madeira. Nunca trabalhei com aves marinhas, mas eu realmente quero trabalhar nos projetos marinhos. Eu também comecei a trabalhar no projecto LIFE Fura-Bardos (eu adoro as aves de rapina!), onde tive a oportunidade de conhecer o coração da Laurissilva no primeiro dia da minha estadia.
Realmente adorei tudo!

 I hope to continue learning in the time with SPEA-Madeira. I never have worked with seabirds, but I’m sure that I will enjoy it! As well, I have started to work in LIFE Fura-bardos project (I really love birds of prey!) where I have had the opportunity to discover the authentic Laurisilva forest in my first day of trainee. 

I really loved all!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Até já, Madeira!!

Chegou a hora para dizer adeus!


Começa a minha última semana na Madeira e com ela as primeiras despedidas. A sensação que tenho é uma esquisita mistura entre as lembranças mais difíceis e a vontade de partilhar as experiências vividas cá. O tempo passa como uma explosão de vento que não podemos perceber e deixa incontáveis vivências para trás.

Madeira é um “saco cheio de surpresas”, como nós dizemos na Espanha. Quando estás a pensar que já tinhas visto tudo, alguma coisa nova acontece e ficas sem palavras. As vezes alguém pergunta para mim o que penso, que é mais bonito, Madeira ou Canárias? E eu simplesmente não posso responder, é impossível comparar dois lugares distintos. Quando estás a conhecer outros mundos aprendes muitas coisas, e uma delas é essa…não existe um lugar melhor que outro, apenas são diferentes. Cada lugar onde paras é um lugar da tu história, da tua memória com as lembranças e sensações que só cada um pode perceber..


A copa da laurssilva a olhar o céu

Já levo tempo pensando uma única palavra para definir a Madeira e agora sei que é impossível encontra-la. Tão impossível como o seu ambiente, as suas montanhas e ribeiras, as suas águas, os seus arco-íris e o seu céu a sua floresta, o seu mar. Eu vou-me embora com esse mundo impossível tudo bem assegurado na minha memória e com a esperança de não esquecer cada imagem e cada lugar visitado. Mas como a mente por vezes pode ter “pequenos erros”, eu levo comigo fotos de cada viagem, experiências, sorrisos, medos, amigos e muitas coisas impossíveis na minha bagageira. 

Arco-iris em Caniçal

Laurissilva da Madeira



Cheguei ao arquipélago com o objetivo de trabalhar na conservação da natureza. Três meses depois, vou com esse objetivo cumprido mas com mais outros que nunca tinha pensado. Centenas de experiências…viver a bravura do oceano, olhar a liberdade das aves, desfrutar de cada voo, lembrar as crianças com os golfinhos e baleias a passear, sentir o céu imenso no horizonte e poder ouvir a chegada das cagarras, almas-negras e outras aves…apenas elas e o mar; percorrer as ribeiras cheias, as levadas que mostram a melhor floresta das lauráceas do mundo, o sentir das folhas no chão e o chamamento do bis-bis no ar… sentir a natureza, sempre viva!

Laurssilva da vertente norta da ilha


Cagarra poussada no mar

Vou embora, mas vou com as malas cheias e com pouco peso. Deixo uma porta aberta para voltar cedo. Ainda há lugares que não visitei mas agora são novos objetivos. Ali, no Atlântico ficam as Ilhas Desertas e as Selvagens até a próxima!

Ilhas Desertas

Ao fim, não posso dizer adeus sem me despedir da grande equipa SPEA que me permitiu encher as minhas mochilas com incríveis experiências. Uma equipa magnífica com o mesmo objetivo: a conservação da biodiversidade! Sô posso dizer “obrigada, muito obrigada” pela experiência e por deixa-me partilhar este tempo tudo e poder conhecer a avifauna e natureza madeirense.



Muito obrigada Madeira! E até já!!

Yolanda González

 See you soon, Madeira!!


It’s time to say goodbye!


This is my last week in Madeira, so I have to say goodbye! I have many different feelings about experiences lived here and desire to share and telling everything about this summer, SPEA and Madeira. Time is going so quickly, as and wind blast that we can’t able to understand leaving a lot of experiences behind. Madeira is like “a surprise box” as we say in Spain. When you think that you have already seen everything, something new appears leaving you speechless. One day, someone asked what I think, if which place is nicer, Madeira or Canary? But me, I can’t answer. It’s impossible to compare two different places. When you are discovering new worlds you are able to learn a lot of things, and one of them is that...there is not a better place than other , just they are different.  Each place where you live is a place for your story, from your memory leaving feelings that only you are able to understand.

Bird flying in São Tiago beach in Funchal


Lighthouse in Porto Santo

I have already thought about one word that could explain Madeira and now, I’m realize that it’s impossible to find it. So impossible as its environment, as mountains and rivers, water, rainbows, sky, forest, sea… I’m coming back with all impossible world in my mind with hope don’t forget every landscape and place visited. However, our mind can make in problems, I’m bringing with me a lot of pics from every travel, experience, smiles, fears, friends and many other impossible things in my baggage.

Arraial in Boaventura

I arrived to the archipelago with the aim to work in nature conservation. Three months later I’m coming back with that done and many others that I’ve never thought. Experiences like…to feel  a rough ocean, to watch to freedom of birds, to enjoy every fly, to remember childhood with dolphins and whales, to feel a huge sky in front of you and to ear the arriving of shearwater, petrels and other birds…just them and the sea; walking rivers plenty of water, levadas discovering the best laurel forest in the world, feeling leaves falling down in the ground and a bis-bis singing in the air…feeling nature, always alive!

Limicola bird in Funchal

 I’m coming back, but i’m going with my suitcases a full and light weigh. I’m leaving an open door to come back. There is still some places I couldn’t visit but now, they are new aims. There, in the Atlantic ocean Desertas Islands and Salvagem are waiting until next time! Finally, I can’t go without to say goodbye and thank to SPEA team that gave me to fill my pockets of unbelievable experiences. A great team  with a same objective: biodiversity conservation! I just can say, thak you, thanks a lot for this chance to live this time and sharing with me all knowledge about nature and birds of Madeira.

Funchal bay

Thanks a lot!! See you soon!! 

Yolanda González