sexta-feira, 28 de abril de 2023

Primeiro BioBlitz na ilha da Madeira - Simão Vieira

 Este sábado passado a SPEA realizou o primeiro Bioblitz na Ilha da Madeira. 

O objetivo deste foi apresentar a flora e fauna da Madeira aos sócios, voluntários e pessoas interessadas no evento, mas também introduzir aos interessados a aplicação iNaturalist, que permite auxiliar na identificação de organismos através de fotografias ou áudios gravados.



O Bioblitz ocorreu na zona da Queimadas, com convidados como o professor botânico da universidade da Madeira, Miguel Sequeira, este percorreu uma parte da levada do Pico das Pedras onde apresentou e explicou a flora local, tais como o Massaroco, Echium candicans, o folhado, Clethra arborea, entre outras.



De seguida, o especialista sobre insetos presentes na Madeira, Miguel Andrade, deu a conhecer alguns lepidópteros em exposição, após isso realizou uma atividade com os participantes onde cada um capturou um inseto, que na qual depois foi explicado pormenorizadamente pelo orador.



Depois as biólogas e técnicas da SPEA, Elisa Teixeira e Ana Teresa Pereira lideraram a atividade de observação de passeriformes. Nesta foram observados o bis-bis, Regulus madeirensis, o melro-preto, Turdus merula cabrerae e o tentilhão, Fringilla coelebs maderensis.



Para terminar este Bioblitz, o professor universitários envolvido em estudos sobre os quirópteros da ilha da Madeira, Sérgio Teixeira, demonstrou e deu a entender os morcegos endêmicos e nativos do arquipélago da Madeira.


This past Saturday, SPEA held the first Bioblitz on Madeira Island.

The purpose of this was to present the flora and fauna of Madeira to members, volunteers and people interested in the event, but also to introduce the iNaturalist application, which allows helping to identify organisms through photographs or recorded audio.

The Bioblitz took place in the Queimadas area, with guests such as the botanical professor at the University of Madeira, Miguel Sequeira, who traveled part of the Pico das Pedras levada where he presented and explained the local flora, such as the Massaroco, Echium candicans, folhado, Clethra arborea, among others.

Afterwards, the specialist on insects present in Madeira, Miguel Andrade, made known some lepidopterans on display, after which he carried out an activity with the participants where each one captured an insect, which was later explained in detail by the speaker.

Afterwards, SPEA biologists and technicians, Elisa Teixeira and Ana Teresa Pereira, led the activity of observing passerines. In this, bis-bis, Regulus madeirensis, melro-preto, Turdus merula cabrerae and tentilhão, Fringilla coelebs maderensis, were observed.

To end this Bioblitz, the university professor involved in studies on bats on the island of Madeira, Sérgio Teixeira, demonstrated and explained the endemic and native bats of the Madeira archipelago.



sexta-feira, 21 de abril de 2023

Clouds and light pollution

Um evento climático que aumenta os efeitos adversos

Sabia que?  

A poluição luminosa é ainda mais prejudicial quando o céu está coberto por nuvens baixas. Estas reflectem e dispersam a luz ao longo de quilómetros.

Se vive numa zona urbana, não pode escapar-lhe. Quando o céu está coberto de nuvens, a noite parece nunca chegar, o céu é cor-de-laranja.

Como é que isto funciona?

A poluição luminosa, ao privar os astrónomos do acesso ao céu estrelado em dias claros, tem um efeito ainda mais nefasto na biodiversidade quando o céu está encoberto. 

Quais são as consequências?

O reflexo da luz das fontes de iluminação nas nuvens conduz a uma explosão da poluição luminosa. Esta pode ser multiplicada por 10 a 30 em relação aos níveis atingidos em tempo limpo. As consequências para os movimentos e a reprodução das espécies nocturnas multiplicam-se!

Exemplos

As imagens que ilustram este fenómeno são retiradas do artigo "Nuvens e poluição luminosa 20 de Outubro de 2022 - Philippe Deverchère"

As cores utilizadas nas duas imagens correspondem aos níveis de luminosidade do céu, do mais brilhante à esquerda ao mais escuro à direita. 

As duas imagens a cores falsas abaixo mostram todo o céu em 360° a partir do mesmo ponto de vista.

Esta imagem foi obtida numa noite clara. 

Para além das estrelas e da Via Láctea, podem ver-se no horizonte os halos de poluição luminosa das grandes cidades situadas a distâncias entre 30 e 85 km.

A pequena auréola no centro é a da cidade de Noirétable situada a 3,5 km.

Por outro lado, a imagem ao lado é tirada num tempo completamente coberto de nuvens baixas. 

Os halos não são os mesmos e a poluição luminosa é multiplicada pelas nuvens que reflectem eficazmente a luz das fontes próximas (efeito de cobertura luminosa). 

"Nestas condições, era possível ler um livro sem lanterna, o que não acontecia de todo com tempo limpo."

A imagem abaixo ilustra o fenómeno de dispersão da luz da base das nuvens numa comunidade montanhosa bastante luminosa.

Philippe Deverchère