terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A escuridão traz vida🌌Pt 1




                                                           - Portuguese version -


A luz artificial durante a noite tem vários impactos negativos. Nos últimos meses, aprendi principalmente sobre o impacto que tem nas aves. Ao ler mais sobre o assunto, fiquei a saber que a luz artificial tem impactos em muitos organismos, incluindo plantas, insetos e morcegos. Neste blog pode aprender mais sobre estes impactos e como mitigá-los. 

Plantas 🌳🌱

Tal como nós, humanos, as plantas também são afetadas pelo ciclo do dia e da noite, da luz e da escuridão. As plantas possuem fotorrecetores, conseguem detetar luz com base na absorção da luz infravermelha proveniente da lua e das estrelas e de um tipo específico de luz ultravioleta. Com a ajuda destes recetores a planta sabe se é dia ou noite e os seus processos internos irão reagir a isso. Durante o dia, as plantas tentam reunir o máximo de energia possível através da fotossíntese e durante a noite, as plantas necessitam de tempo para recuperação e descanso. O problema da luz artificial à noite é que se torna difícil para as plantas saberem quando o dia acabou, resultando num longo período de fotossíntese que pode afetar a saúde da planta. Além disso, estudos descobriram que a luz artificial pode resultar em alterações no crescimento sazonal das plantas. O calendário sazonal das plantas é informado pela temperatura e pelas mudanças na luz do dia, pelo que pode ser que as árvores tenham as suas folhas mais cedo do que é suposto.

Para mitigar os efeitos negativos da luz artificial sobre estes e muitos outros organismos, há uma série de passos que podemos tomar, alguns dos quais são muito fáceis! O primeiro e mais importante passo é desligar ou remover luzes desnecessárias. Isto é bom para o ambiente e também poupa dinheiro, win-win. Além disso, pode mudar a iluminação exterior para cores mais quentes e diminuir a intensidade da luz tanto quanto possível. Estas medidas podem realmente ter um grande impacto na vida dos animais e das plantas e ajudarão a proteger o céu noturno!



A próxima blog...... insetos



                                                            - English version -

Artificial light at night has various negative impacts. The past months, I have mainly learned about the impact it has on birds. From reading more about the topic I learned that artificial light has impacts on many organisms, including plants, insects and bats. In this blog, you can learn more about these impacts and on how to mitigate them. 

Plants 🌳🌱

Like us humans, plants are also impacted by the cycle of day and nigh, light and dark. Plants have photoreceptors, they can detect light based on the absorption of infrared light coming from the moon and stars and a specific type of UV light. With the help of these receptors the plant knows if its day or night and their internal processes will react to this. During the day, plants try to gather as much energy as possible through photosynthesis and during the night, plants need time for recovery and rest. The problem with artificial light at night is that it becomes difficult for plants to know when the day is over resulting in an extended period of photosynthesis that can impact the health of the plant. Also, studies have found that artificial light can result in changes in seasonal growth of plants. The seasonal calendar of plants is informed by temperature and changes in daylight so it could be that trees grow leaves earlier than is good for them. 

To mitigate the negative effects of artificial light on these and many other organisms there are a number of steps we can make, of which some are very easy! The first and most important step is to turn off or remove  unnecessary lights. This is good for the environment and also saves you money, win-win. Also, you can switch outdoor lighting to warmer colors and dim the light as much as possible. These steps can really make a big impact on the lives of animals and plants and they will help to protect the night sky!

To be continued.......


The meeting in Lisbon****

O meu voluntariado pelo programa ESC (European Solidarity Corps) deu-me a oportunidade de ser selecionada para participar num encontro em que estariam presentes voluntários de toda a parte do mundo, que se encontram a fazer voluntariado em Portugal Continental e Ilhas. 

Esta atividade decorreu na cidade de Lisboa, com início no dia 5 de dezembro, e ficámos instalados no Hotel Holiday inn Lisbon-Continental. 

A primeira impressão foi de uma experiência desafiante, pois, estaríamos a partilhar quarto com desconhecidos, não tinha uma grande ideia das dinâmicas que seriam feitas entre nós, e para além disso, era um grupo bastante diversificado, principalmente em termos culturais, desde alemães, italianos, espanhóis, russos, ucranianos, entre outras nacionalidades.  

Para que a comunicação fosse possível, durante os 4 dias em que iriamos conviver, os instrutores dedicaram os 2 primeiros dias à integração, com o intuito de nos aproximar. 

Como exemplo, tínhamos 2 min para nos posicionarmos de uma ponta à outra da sala, por ordem de quem fez a viagem mais longa até ao ponto de encontro (o hotel), até a quem fez a viagem mais curta.  

Numa outra sessão, tínhamos 1 min para nos juntarmos com pessoas que fazem aniversário no mesmo mês que nós, ou que tinham as meias da mesma cor 😊, por exemplo. 

Também fizemos muitas atividades em grupos, como infográficos, que representavam a nossa área de formação, o tipo de ONG em que trabalhamos, as atividades que desenvolvemos e os públicos a quem nos dirigimos. 

Neste aspeto foi bastante enriquecedor, pois, por meio destas dinâmicas, pudemos ficar a conhecer pessoas que partilham das mesmas ideias, e com quem nos identificamos mais e menos. 



Infográficos


O terceiro dia desta aventura, 5 de dezembro – em que se celebra o Dia Internacional do Voluntariado-, foi o dia mais longo, em que começamos por uma caminhada no Jardim Calouste Gulbenkian, juntámo-nos em pares e partilhámos os nossos objetivos do futuro. Voltámos ao hotel para almoçar e dirigimo-nos ao Museu do Beato para assistir a algumas atuações talentosas e também ouvir o discurso do Diretor Luís Alves, sobre os objetivos do Programa, assim como a Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, Carla Mouro. 

Para terminar a noite, ainda no Museu do Beato, assistimos à cerimónia de entrega de prémios de Boas Práticas do Corpo Europeu de Solidariedade 2024 e ao concerto de artistas portugueses (Bianca Barros, Diana Castro, Matay e os D.A.M.A) que cantaram 2 dos seus singles mais ouvidos. 



Cerimónia agora eu


Cerimónia agora eu (concerto)


Na manhã seguinte, dia do check-out, dia das despedidas, preenchemos um formulário de satisfação, que avaliava as atividades realizadas ao longo dos quatro dias e o desempenho dos instrutores que dirigiram este “join. 

Por meio desta experiência sublinho sem dúvida as dinâmicas aplicadas que nos permitem conhecer outras pessoas. No entanto, a atividade que mais gostei e quero destacar desta experiência foi individual: “a viagem no tempo”. Esta atividade permitiu-nos sentar em círculo numa cadeira, relaxar, fechar os olhos e pensar desde o dia em que enviámos a nossa candidatura para a ONG em que hoje somos voluntários, assim como refletir em todo o processo e caminho que percorremos para chegar até aqui. 

Espero, a partir de agora, valorizar ainda mais e estar orgulhosa de todo o meu trajeto, sem me esquecer de que as minhas conquistas de hoje devem-se ao processo de ontem.



Momento de convívio




A despedida



English version:


Thanks to my volunteering trough the ESC (European Solidarity Corps), I had the opportunity to participate in a short-term joined learning programme with people from all over the world who are also volunteering through ESC in Portugal mainland and the islands. This activity took place in Lisbon, at the beginning of December and we stayed at the Holiday Inn Lisbon Continental hotel. My initial expectation of the programme was that it could be quite a challenging experience because we are all strangers to each other, sharing this new experience and also rooms. Besides this, we all came from different countries, with different cultural backgrounds. Nationalities that also attended the programme included Germans, Italians, Spaniards, Russians, Ukrainians, and many other nationalities. To help in the communication and bonding of the group during the 4 day programme, we spend the first 2 days on integration activities, guided by an instructor. For example, there was one activity where we had 2 minutes to position ourselves from one end of the room to the other in order of the longest to the shortest travel distance to the meeting point (the hotel). In another session, we had 1 minute to join people who share the same birthday month as us, or those who wore the same color socks. 😊 We also did many group activities, such as making infographics which represented our field of study, the type of NGO we work for, the activities we carry out, and the target audiences we serve. This aspect was very enriching because, through these dynamics, we were able to meet people who share similar ideas and with whom we identified more or less.


Infographics


The third day of this adventure, December 5 – which is celebrated as International Volunteer Day – was the longest day. We started with a walk in the Calouste Gulbenkian Garden, paired up and shared our future goals. We then returned to the hotel for lunch and headed to the Beato Museum to watch some talented performances and also hear speeches from Director Luís Alves about the program's objectives, as well as from the Secretary of State for Equality, Carla Mouro. To end the night, still at the Beato Museum, we attended the ceremony for the 2024 European Solidarity Corps Best Practices Awards and a "concert" by Portuguese artists (Bianco Barros, Diana Castro, Matay, and D.A.M.A) who performed two of their most popular singles.




Ceremony 'agora eu'



Ceremony 'agora eu' (concert)



The next morning, check-out day, the day of goodbyes, we filled out a satisfaction survey evaluating the activities carried out during the four days and the performance of the instructors who led this joined programme Reflecting back on this experience, I definitely want to highlight the way in which this programme allowed us to meet other people. However, the activity I liked the most and want to highlight from this experience was an individual one: "the time travel." This activity requested us to sit in a circle on a chair, relax, close our eyes, and reflect on the day we sent our application to the NGO where we are now volunteering, as well as think about the whole process and journey that brought us to where we are today. From now on, I hope to value and be even prouder of my entire journey, without forgetting that my achievements today are thanks to the efforts of 'yesterday'.



Socializing moment

 

The farewell

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Ao resgate das cagarras!! 🆘

A lo largo de las ultimas semanas hemos tenido el placer de participar en la campaña de rescate de las cagarras (Calonectris borealis)... 

... y he de admitir, que a diferencia de la campaña de las freiras (Pterodroma madeira), hemos tenido mucha mas "suerte" a la hora de encontrar especimenes para su liberacion. Se puede deber en parte a que habia mas precursos y mas voluntarios que la anterior campaña.


Tambien se debe a que la población de cagarras es mucho mas grande que la de freiras, por lo tanto, hay mas probabilidad de que se vean afectadas por la contaminación luminica. Importante tambien es mencionar el gran numero de voluntarios, tanto nacionales como intenacionales, que de seguro han sido concienciados y compartiran lo aprendido.




Nas últimas semanas temos tido o prazer de participar na campanha de salvamento do Calonectris diomedea (Calonectris borealis)...

... e tenho de admitir que, ao contrário da campanha das freiras (Pterodroma madeira), temos tido muito mais “sorte” em encontrar exemplares para libertar. Isto pode dever-se em parte ao facto de haver mais recursos e mais voluntários do que na campanha anterior.


Deve-se também ao facto de a população de pochards ser muito maior do que a das freiras, pelo que estas são mais susceptíveis de serem afectadas pela poluição luminosa. É também importante mencionar o grande número de voluntários, tanto nacionais como internacionais, que certamente foram sensibilizados e partilharão o que aprenderam.