segunda-feira, 28 de maio de 2018

Ilhas Selvagens


As Ilhas Selvagens são a mais antiga reserva de Portugal e o local mais a sul do território português e estão localizadas a sudeste da ilha da Madeira.

Sunset Selvagem Grande

Tive o privilégio de poder conhece las incorporando a equipa SPEA Madeira no projeto MISTIC SEAS II que consiste na monitorização de aves marinhas nesta ilhas.

As ilhas selvagens são um autêntico santuário e é magnífica a quantidade de aves que pude observar, aves marinhas como o Calcamar (Pelagodroma marina), Cagarra (Calonectris borealis), Pintainho (Puffinus Lherminieri), Alma-negra (Bulweria bulwerii), Roque de Castro (Hydrobates castro), Rola-do-mar (Arenaria interpres) entre outras aves como Corre- caminhos (Anthus bertheloti bertheloti), Milhafre Preto (Milvus migrans), Garça-pequena-branca (Egretta garzetta), Maçarico-galego (Numenius phaeopus), Rola-brava (Streptopelia turtur), Andorinha-dos-beirais (Delichon urbicum) e Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica).

Cria de Calcamar (Pelagodroma marina)

Pode também ver os únicos dois répteis destas ilhas, Osga das selvagens (Tarentola bischoffi) e a Lagartixa (Teira dugesii selvagensis) e conhecer alguma fauna da ilha como a Scilla maderensis Menezes var. melliodora svent.,  Monanthes lowei  e Limonium papillatum var. callibotryum.
A estadia nas ilhas selvagens durou 16 dias, e foram 16 dias de aprendizagem sobre fauna e flora da ilha, pois todos os dias explorávamos um pouco daquele santuário que é as ilhas selvagens.



Monanthes lowei

A equipa teve oportunidade de cooperar com vigilantes da natureza nos seus trabalhos de rotina nas selvagens, como por exemplo remoção da Tabaqueira (Nicotiana glauca) entre outros trabalhos e mostram se totalmente disponíveis para nos mostrar todos os cantinhos destas ilhas.
Foi uma experiência incrível, que guardarei sempre, e espero um dia poder voltar este pequeno paraíso no meio do Atlântico.



The Selvagens Islands are Portugal’s oldest reserve and the most southern place of the Portuguese territory and are located to the southeast of Madeira island.




I had the privilege to visit them with another member of the SPEA Madeira team for the MISTIC SEAS II project, which consists of monitoring seabirds on these islands.
The Selvagens Islands are an authentic sanctuary and the number of birds I was able to see was amazing. I saw seabirds such as the White-faced Storm Petrel (Pelagodroma marina),
Cory's Shearwater (Calonectris borealis), Audubon's Shearwater (Puffinus Lherminieri), Bulwer's Petrel (Bulweria bulwerii), Band-rumped Storm-petrel (Hydrobates castro), Ruddy Turnstone (Arenaria interpres), among other birds, such as Berthelot’s Pipit Anthus bertheloti bertheloti), Black kites (Milvus migrans), Little Egret (Egretta garzetta), whimbrel (Numenius phaeopus), European turtle dove (Streptopelia turtur), Northern House Martin (Delichon urbicum) and Barn Swallow (Hirundo rustica).



Barn Swallow (Hirundo rustica)

I was also able to see the only two reptiles on these islands, the Selvagens Wall Gecko
 (Tarentola bischoffi) and the Selvagens Lizard (Teira dugesii selvages). Also got to know some fauna of the island like Scilla maderensis Menezes var. melliodora svent., Monanthes lowei and Limonium papillatum var. callibotryum.
Selvagens Lizard (Teira dugesii selvages)

I stayed in the Selvagens Islands for 16 days and each and every day I learned something about the fauna and flora of the island, because every day we explored a little of this sanctuary.
The team had the opportunity to cooperate with nature vigilantes in their routine work, such as removing Tree Tobacco (Nicotiana glauca) among other chores and they made themselves fully available to show us all the corners of these islands.
It was an incredible experience that I will never forget and one day I hope to be able to return to this little paradise in the middle of the Atlantic.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

3 meses de estágio

Faz hoje 3 meses que estou a estagiar na SPEA, ainda tenho mais de um mês pela frente e entretanto já tive de me despedir da Raquel, uma colega espanhola com quem fiz amizade. Trabalhar com dois colegas espanhóis tem sido engraçado, apesar de termos alguma dificuldade em conversar conseguimos chegar lá através de sinais e sinónimos e, assim, também vou aprendendo algumas palavras e expressões na língua deles e eles na minha. É impressionante ver como ambos se adaptaram tão bem à vida na Madeira que até já conhecem mais coisas do que eu que sempre vivi aqui.
O trabalho tem sido imenso entre pesquisas, palestras, eventos e censos de aves marinhas, mas é gratificante saber que tudo o que fazemos na SPEA contribui para um bem maior. Tenho aprendido bastante e, até sem me dar de conta, já ponho em prática estes conhecimentos no dia a dia. Quando vou passear pela ilha ou mesmo durante as viagens de autocarro, estou sempre à procura de alguma ave e são muitas as vezes que encontro mantas, francelhos, garças, tentilhões e muitos mais.

Evento na Quinta de Santa Luzia
Evento "Hora do Planeta" em Santa Cruz
Sendo este estágio feito através da universidade, todos os meus colegas também estão a trabalhar em variadas empresas e, quando nos juntamos, cada um quer contar o que aprendeu e que espécies já viu e, assim, vamos trocando informações uns com os outros que depois partilhamos com os nossos colegas de estágio, amigos e família.





3 months in

I have been interning at SPEA for three months now, I still have more than a month to go and I already had to say goodbye to Raquel, a spanish colleague with whom I became friends. Working with two spanish colleagues has been fun, even though sometimes we have a hard time comunicating we make it work through signs and synonyms. It is amazing to see how both have adapted so well to life in Madeira that they already know more than I do and I have lived here my whole life.
I have so much work on my hands, like reasearch, lectures and census of seabirds, but it is rewarding to know that everything we do at SPEA contributes to a greater good. I have learned a lot and, without even realizing it, I put this knowlegde into practice on a daily basis. When I go out for a walk or even during bus rides, I am always looking for birds and these are the ones I often find: Common Buzzard, Kestrel, Chaffinch and many more. 

Event at Quinta de Santa Luzia

Event "Hora do Planeta" in Santa Cruz
As this internship is done through the university, all my classmates are also working in various companies and when we get together, each one wants to tell what they have learned and what species they have seen. This way, we exchange information and then share it with our work colleagues, friends and family.  







sexta-feira, 11 de maio de 2018

Até ja Madeira!



E chegou a hora de dizer adeus.
Acabam-se os estágios para abrir caminho para os próximos desafios. Embora a maior parte do tempo possa ter se dedicado a trabalhar na escrita, eu queria destacar neste artigo final os resultados e o trabalho de campo através de imagems acima de tudo, já que acho que foram as experiências mais gratificantes:


Os censos. Embora às vezes fosse um pouco frio ou ventoso ou ambos ao mesmo tempo, lá estávamos nós, ouvindo o canto dos nossas amigas as Cagarras ... Participando do trabalho de campo dentro do projeto Luminaves para monitorarizar as populações de aves marinhas na costa da ilha.


 


Alguns eventos. Algums dias como a Hora do Planeta em que as pessoas puderam experimetar a observação das aves de forma ativa, podendo ver e real interesse das pessoas por essa atividade...



As aves marinhas. Eu também gostei de aprender sobre um novo grupo de aves com uma biologia fascinante. São aves adaptadas para passar a maior parte da sua vida no mar. Bebem, comem e descansam nele, sendo a época de reprodução e nidificação a única vez que retornam à terra. Vou continuar tentando diferenciar os diferentes sons que eles podem emitir, já que é uma prática muito complicada que requer experiência ...
Acrescento aqui a participação no Atlas das Aves Nidificadoras de Portugal, que me permitiu conhecer melhor as diferentes áreas da ilha enquanto observávamos a espécie e o seu comportamento.






Acho que ao final, com tudo isso, o melhor que tirei desse tempo foi uma nova visão sobre aves marinhas, uma visão mais completa. Para mim, as mais interessantes foram as próprias aves, eu aprendi sobre elas e seu grande grau de ameaça. A degradação do seu habitat, à poluição luminosa, os predadores, a intensificação do uso costeiro ou capturas acidentais são problemas com os quais essas aves têm que lidar, mas que devemos mitigar através de ações, tanto diretas como censos quanto indiretas como de educação ambiental para ensinar a sociedade a respeitar esses indivíduos marinhos. Por tudo isso, continuarei interessado no seu estado de conservação e projetos relacionados.


Uma saudação! Até ja Madeira!




And it's time to say goodbye.    The Erasmus is finished and it´s time to go home. Although most of the time may have been dedicated to writing, I wanted to highlight in this final article the results and the field work through images above all, becuase I think it was the most rewarding experiences:    The census. Although sometimes it was a bit cold or windy or both at the same time, there we were, listening to the singing of our friends the Cagarras ... Participating in the field work within the project Luminaves to monitor the populations of seabirds on the coast of the island


Routonda de Caniçal
Some events. Some days like Earth Hour in which people could actively observe the observation of the birds, being able to see and real interest of the people for this the

Atividade Quinta de Santa Luzia

Seabirds I also enjoyed learning about a new group of birds with a fascinating biology. They are birds adapted to spend most of their life at sea. They drink, they eat and they rest in him, being the time of breeding and nesting the only time that they return to the earth. I will continue trying to differentiate the different sounds that they can emit, since it is a very complicated practice that requires experience ... I add here the participation in the Nesting Birds Atlas of Portugal, which allowed me to know better the different areas of the island while observing the species and its behavior.

Roque-de-castro



I think in the end, with all that, the best thing I took out of that time was a new view on seabirds, a more complete view. For me, the most interesting were the birds themselves, I learned about them and their great degree of threat. Degradation of their habitat, light pollution, predators, intensification of coastal use or accidental catches are problems that these birds have to deal with, but which we must mitigate through actions, both direct and indirect as well as indirect, as well as environmental education to teach society to respect these marine individuals. For all this, I will continue to be interested in the state of conservation and related projects.


A greeting!

terça-feira, 8 de maio de 2018


Conhece o acordo CITES?



Esta é a convenção sobre o comércio internacional de espécies ameaçadas de fauna e flora selvagens. É um acordo entre os governos dos diferentes países com a finalidade de garantir que o comércio internacional de espécimes de animais e plantas selvagems não constitua uma ameaça à sua sobrevivência.

Atualmente, o comércio de animais selvagens é estimado em centenas de milhões de dólares e afeta centenas de milhões de espécimes, tanto animais vivos quanto produtos derivados deles, por exemplo, couro, marfim, madeira ou 
medicamentos. Pode visitar a página deste acordo https://www.cites.org.


Quantas espécies são cobertas por este acordo?


Cerca de 5.800 espécies de animais e 30.000 espécies de plantas estão incluídas nos apêndices da CITES. Existem 3 apêndices, I, II e III com diferentes níveis e tipos de proteção. 


  • Apêndice I é o mais restritivo e, portanto, inclui as espécies que exigem um maior grau de proteção devido ao seu estado de perigo de extinção. Para essas espécies, seu comércio é estritamente proibido, exceto quando a importação não implica fins comerciais (Exemplo para estudo científica).

  • Apêndice II existem espécies que não estão necessariamente ameaçadas, mas que poderiam ser extintas. O comércio é permitido com uma licença de exportação.

  • Apêndice III lista as espécies a pedido das PARTES (países) que requerem cooperação de outros países para evitar exploração insustentável.


Especies pertenecientes ao Anexi I e por tanto em perigo de extinçao. Ara ambiguus e Miopithecus talapoin

Atualmente ...


Hoje em día, os casos mais frequentes para este comércio ocorrem através de Internet. O IFAW (Fundo Internacional para a Proteção de Animais e seu Habitat) está a pesquisar esse comércio na Internet desde 2004. Por exemplo, em 2007, encontrou apenas 2.275 artigos de marfim em oito sites de eBAy no Reino Unido numa semana. Em 2008, a maior pesquisa realizada para pôr fim a esse tráfego via Internet (disponível em www.ifaw.org) começou a determinar o volume e o alcance geográfico desse comércio e identificar os principais mercados. Foi descoberto que existe um alto volume de comércio de espécies pertencentes aos apêndices da CITES. Os EEUU foram responsáveis ​​por 70% desse comércio, seguidos da China e do Reino Unido. Além disso, constatou-se que as espécies pertencentes ao Apêndice I, ou seja, as espécies mais ameaçadas, prevaleceram nesse comércio pela internet. (Produtos de elefantes, aves exóticas ao vivo ..)




Conclusión

Nesta era de internet e tecnologias, é necessário controlar esse tipo de açãoes. O comércio de espécies selvagens é um grande problema e temos que enfrentá-lo com todas as ferramentas possíveis. Idealmente, o ser humano deve entender que essas espécies estão bem onde estão e que elas não merecem ser retiradas do seu habitat para satisfazer "necessidades" absurdas. Mas isso não é verdade, pois o ser humano continua e continuará a infringir estas leis, adaptando-se, nesse caso, às novas tecnologias. Na minha opinião, o apoio de todas as plataformas dedicadas ao comércio na internet é crucial para aliviar este tráfego. O seu apoio é necessário para impedir o futuro comércio dessas espécies com as quais partilhamos este mundo



Conhece o acordo CITES?

This is the convention on international trade in endangered species of wild fauna and flora. It is an agreement between the governments of different countries to ensure that international trade in specimens of wild animals and plants does not constitute a threat to their survival.

Currently, the wildlife trade is estimated at hundreds of millions of dollars and affects hundreds of millions of specimens, both live animals and their products, eg leather, ivory, timber, or medicine. You can visit the page of this agreement https://www.cites.org.


How many species are covered by this agreement?


About 5800 species of animals and 30,000 species of plants, included in CITES appendices. There are 3 appendix, I, II and III with different levels and types of protection. 
  • Appendix I is the most restrictive and therefore includes species that require a greater degree of protection because of their endangered state.For these species, their trade is strictly prohibited, except when the importation does not imply commercial ends (Example for scientific research).
  • Appendix II there are species that are not necessarily threatened, but which could be extinct. Trade is allowed with an export license.
  • Appendix III lists species at the request of the PARTIES (countries) which require cooperation from other countries to avoid unsustainable exploitation.






Ivory specimens

Currently...


Today the most frequent cases for this trade occur through the Internet. The IFAW (International Fund for the Protection of Animals and their Habitat) has been researching this trade on the Internet since 2004. For example, in 2007 it found only 2,275 ivory articles on eight eBAy sites in the UK in one week. In 2008, the largest search conducted to stop such Internet traffic (available at www.ifaw.org) began to determine the volume and geographic reach of this trade and identify key markets. They found that there is a high volume of trade in these species belonging to the CITES appendices. The USA accounted for 70% of this trade, followed by China and the United Kingdom. In addition, it was found that species belonging to Appendix I, ie the most endangered species, prevailed in this trade on the Internet. (Products of elephants, exotic live birds ..)


Conclusion...


In our age of intenet and technologies, it is necessary to control this type of action. The trade of wild species is a big problem and we have to face it with every possible tool. Ideally, humans should understand that these species are well where they are and that they do not deserve to be wrenched from their habitat to satisfy absurd "needs." But this is not true, but the human being seeks and will continue to seek to circumvent these laws, adapting, in this case, to the new technologies. In my view, the support of all trading platforms on the internet is crucial to alleviating this traffic, your support is needed to prevent future trade in these species with which we share this world