segunda-feira, 18 de novembro de 2013

As paisagens da Madeira



Mais um recurso da Madeira, “a paisagem”

Uma das coisas que mais me impressionou da ilha foram as espectaculares e lindas paisagens. Com 55 km de comprimento e 24 km de largura, a Madeira contem uma alta diversidade de paisagens. Paisagens marinhos, de alta montanha, com floresta, fluviais, urbanas, coloridas, desérticas,… mas além de esta diversidade a Madeira também tem uma fonte diária e inesgotável de paisagens, assim cada dia temos um nascer-do-sol e um pôr-do-sol diferente. É por isso, que cada dia podemos observar paisagens diferentes dum mesmo lugar.

A paisagem é um recurso e por definição um recurso é limitado, por tanto é este mais um exemplo de um fator da ilha a conservar. Conservar este recurso, que sem dúvida é essencial na manutenção económica da região, é conservar também o recurso como parte da cultura local, pois ninguém compreende a Madeira sem as florestas, sem os acantilados, sem levadas, e incluso hoje ninguém reconhece a Madeira sem as bananeiras.

Relembramos assim que o esforço de hoje em manter um recurso ao longo do tempo, é ter garantido o seu gozo no futuro. Por tanto, é só um ato de cidadania e solidariedade com as futuras gerações, eles também têm direito a desfrutar do que hoje temos. 

Soledad Álvarez







Another resource of Madeira, "landscape"

One of the things that impressed me most were the island's spectacular and beautiful landscapes. With 55 km long and 24 km wide, Madeira contains a high diversity of landscapes . Marine landscapes , high mountains, with forest, river , urban , colorful , desert , ... but in addition to this diversity, Madeira also has a daily source of inexhaustible of landscapes , so each day we have a different sunrise and sunset. That's why, every day we see different landscapes of a same place .


The landscape is a resource and a resource definition is limited, so this is another example of a factor to keep the island. Save this resource , which is undoubtedly essential in maintaining the region's economic , it also preserve the resource as part of the local culture, because nobody understands Madeira without forests , without cliffs , without levadas , and today no one recognizes Madeira without the banana trees .

We recall so that the effort in today maintain a feature over time, is to have secured its future enjoyment. Therefore, it is only an act of citizenship and solidarity with future generations, they are also right to enjoy what we have today.
  
Soledad Álvarez

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O nosso material de campo

O nosso material de campo

Suponhamos que começamos uma semana de trabalho de campo na SPEA Madeira. Na segunda-feira começamos a fazer os censos das aves marinhas a bordo do catamaran ou no ferry do Porto Santo. Precisamos de binóculos e o GPS, para saber a ubiquação do nosso barco em movimento. 

No dia seguinte, vamos a pista do aeroporto para fazer a monitorização das comunidades de invertebrados. Para isso, vamos recorrer as 20 quadrículas com os nossos coletes de seguridade e o líquido anticongelante, para preencher as armadilhas “pitfall”, que se encontram ao nível do solo.  Um dia depois, realizamos os censos no aeroporto. Levamos binóculos, telescópio e tripe, para um registro preciso das espécies menores ou mais distantes, e uma cadeira para levar melhor a espera. Na quinta, já faz 48 horas que colocamos o líquido das pitfall na pista do aeroporto, pelo que temos que recolher todos os invertebrados capturados. Levamos nossos coletes e uma caixa com 20 frascos com álcool, o numero de quadriculas da pista que têm armadilhas, e recolhemos o conteúdo das pitfall. No dia seguinte, levamos os frascos ao laboratório para a identificação das especies e, afortunadamente, as lupas binoculares ficam lá porque não são transportáveis. 

Terminamos a semana com a campanha Salve uma ave marinha”, onde convém levar lanterna, una caixa onde meter potencial ave encandeada, e material para a anilhagem das aves, pesagem e medição.
E assim transcorrem os dias, com o caderno de campo numa mão e a guia de aves na outra. O que bem poderia extrapolar ao que implica ser biólogo da bota e carregar a costas com o mais diverso material.



Our field tools

Let us suppose we start a week of fieldwork in SPEA Madeira. On Monday, we begin by taking a seabird census aboard the catamaran or ferry to Porto Santo. We need a pair of binoculars and a GPS tracking to keep track of our vessel while on the go. The next day, we go to the runway to develop the monitoring of invertebrate communities. For this purpose, we cover the 20 transects wearing our security vests and carrying an antifreeze liquid to refill the pitfall traps buried to ground level. One day later, we carry out the census at the airport. We take the binoculars, telescope and tripod, so that we are able to determine the smaller species or more distant ones, and also a chair for waiting. On Thursday, it has already been 48 hours since we set the pitfall traps across the area surrounding the runway, so we have to collect every captured invertebrate. We wear our vests and also carry a box containing 20 bottles filled with alcohol, this is just the number of transects containing a trap, so we collect all the pitfall contents. The day after, we take those bottles to the laboratory for species identification. Luckily, he stereoscopic microscope stays there as it is not transportable. This week is concluded with the “Save a seabird” campaign, and it is convenient to bring a flashlight, a box to keep the potential dazzled bird, and the material to carry out all the banding, weighing and measuring.
And this is our day to day, the field book in one hand and the field guide in the other hand. What we could extrapolate to what being a field biologist means, carrying with a bunch of different materials on the back.

Itziar López

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A aventura começa!

A aventura começa!

Olá, recem cheguei à equipa - o meu nome é Teresa e hoje é o meu terciero dia cá na ensolarada ilha da Madeira. Que lugar tão lindo! Em primeiro lugar quero agradecer a toda a gente pelo acolhimento e a receção recebidos e por esta oportunidade. Estarei trabalhando com a SPEA durante 10 meses, no Serviço Voluntário Europeu. Sou da Inglaterra e esta é a primeira vez que visito Portugal, por tanto o meu português ainda está um pouco limitado. Mas este é um grande desafio, e confio que durante a minha estância melhorarei e tornarei-me mais confortável com a lingua.

Estudei conservação e biologia da fauna selvagem na universidade, e desde que acabei passei algum tempo trabalhando numa pequena ilha, reserva natural do Reino Unido, trabalhando principalmente com aves marinhas, pesquisas e turismo. Estou especialmente fascinada pelas aves marinhas procellariiformes. Por tanto, podem ver como é de importante para mim estar cá na Madeira, espero aprender e participar em atividades semelhantes, mas em um ambiente totalmente novo e diferente. Por exemplo, nos ultimos 6 meses estive a viver em Shetland-numa latitude similar ao sud da Groenlândia onde não há arvores, há um clima duro e uma alta sazonalidade. De forma que todas as coisas cá até agora são um grande contraste e um shock, mas um bom caminho! E isto é o que acredito será uma parte importante da grande experiência de aprendizagem do EVS. 

Por tanto, esta são eu. Obrigada pela leitura e até a proxima-tchao!


Teresa Donohue


The Adventure Begins!

Hello, I have just arrived into the team - my name is Teresa and it is only my third day here on the sunny island of Madeira. What a beautiful place! Firstly, a thank you to everyone involved for receiving me and for this opportunity. I will be here working here with SPEA for 10 months, through the European Voluntary Service. I am from England originally and it is my very first time visiting Portugal, so at the moment my Portuguese is quite limited. But it is an exciting challenge, and I hope that during my stay I will improve and become more comfortable with the language.

I have studied wildlife conservation and biology at university, and since graduating I have spent some time working on very small island nature reserves in the UK, working mainly with seabird surveys and tourism. I am especially fascinated by the Procellariiform seabirds – I love their crazy behaviours, calls, and their mysterious lifestyles. So you see it is very relevant for me to be here in Madeira, hopefully to learn and take part in similar activities, but in a totally new and different environment. For instance, in the last 6 months I have lived in Shetland – at a latitude similar to Southern Greenland where there are no trees, a harsh climate and a very pronounced seasonality. So everything here so far is a big contrast and quite a shock, but in a good way! And this is what I believe to be an important part of the whole EVS learning experience.

So, that is me. Thanks for reading, until next time - tchao!  

Teresa Donohue

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Salvamos uma cagarra!


A minha primeira cagarra!

Anteontem à noite foi encontrada uma cagarra a perambular na área do Funchal. No dia seguinte pela manhã, após verificar o bom estado da ave, tiramos o seu peso e longitude da asa e colocamos uma anilha. Seguidamente, libertamos a ave nas imediações da praia e após vários minutos de tensão, observamos a cagarra voando em direção ao mar.
Como esta cagarra juvenil são muitas as aves marinhas que nasceram em julho e começam agora abandonar os ninhos à procura de uma nova vida no mar aberto. Em noites de lua nova ou escuras, as aves marinhas podem ser encadeadas pelas luzes artificiais das Vilas podendo ser atropelados ou capturados por cães e gatos. Por isso organizamos brigadas para a procura de aves marinhas.
Este fim de semana é lua nova, pelo que começaremos as patrulhas hoje, e seguiremos até a próxima quinta-feira, dia 7 de novembro. Gostaríamos que viessem conosco muitas pessoas para tentar salvar mais aves marinhas. Esta é uma boa oportunidade para quem gosta dea natureza e queira ver as aves marinhas mais perto. Quatro olhos vêm mais do que dois!




 
My first Cory's Shearwater!

Two nights ago a seabird was found wandering in the area of Funchal. In the morning, we could confirm the good health of the bird, so we proceed to weigh, wing measuring and develop the scientific ringing. Next, the bird was released near the beach and after several tense minutes of waiting, the shearwater flew off towards the sea.
This Cory’s Shearwater juvenile is one of many seabirds that hatched on July and they start now leaving their nests to begin a new life in the open sea. These seabirds are easily dazzled by city lights, especially on new moon and dark nights, and by consequence they could be hit by a car or caught by dogs and cats. For this reason, we organize patrol brigades to look for disoriented seabirds.
There is new moon this weekend, so we go back to patrol tonight, and we will be patrolling until next Thursday, 7th November. We would like many people involved to try to save a lot of seabirds. This is a good opportunity for those who enjoy nature and want to see seabirds closer. Four eyes are better than two!
Itziar López